Todos os dias acordamos, sem saber o que esperar. Será um ministro? um Secretário de Estado? Ou um outro qualquer socialista com funções governativas por aí?! A cada dia que passa, vão-se somando casos cada vez mais surreais. Chego por vezes a pensar que estamos a viver uma realidade alternativa, tal é a incredibilidade vivida.
Portugal é um país sem rumo e sem liderança, onde o tema da atualidade é o desastre governativo de um governo que está completamente acabado. Só não vê quem não quer. Podíamos e devíamos estar a falar da aplicação do PRR, da isenção de IVA no cabaz alimentar, no desconto direto de 0.20 cêntimos por litro de combustível, na baixa do IVA para o escalão mínimo em toda a fatura energética, enfim, era o expectável por parte de um governo minimamente responsável, numa altura em que a inflação acumulada de 2022/2023, poderá chegar aos 15%.
Mas o que é que temos? Um governo com um primeiro-ministro desgastado e cansado, farto de Portugal e dos Portugueses, com tiques de autoritarismo, desprezo pela oposição, basicamente, uma pessoa que sonha com a Europa e planeia o seu método de fuga. Perante isto, sobram os outros! Uns em primárias e a posicionarem-se como candidatos a secretário- geral do partido socialista, outros a tentarem “orientar-se” e há ainda aqueles que andam à deriva tipo peixe balão, que passam a vida a abrir a boca e a insuflar. É o que temos!
O que mais confusão me faz é o Sr. Presidente da República, porque a sua função mais básica é, exatamente, assegurar o regular funcionamento das instituições e o prestígio de Portugal, contudo não o tem feito e todos sabemos porquê. Se houvessem eleições hoje, o PSD dependeria a 100% do Chega para governar e isso é algo que Marcelo quer impedir a todo o custo. Por isso, há que dar tempo ao PSD para crescer e fortalecer, podendo ficar dependente de uma falida Iniciativa Liberal (IL), mas nunca do Chega. Acontece que o Chega continuará a subir e a IL, muito provavelmente, a descer e por isso o Senhor Presidente apenas tenta adiar o inadiável.
A cada dia que passa, os portugueses percebem quem efetivamente pode contribuir para uma mudança de um sistema falido, que já não dá nada ao país. Eles gostam muito de confundir sistema e regime, apenas porque dá jeito, mas não é o regime democrático que queremos mudar, é mesmo este sistema que se instalou de lobbies, podridão e subversão do regime democrático para um que aparenta sê-lo mas não o é. Quando a corrupção custa-nos, anualmente, cerca de 9% do PIB (18.2 mil milhões), não podemos aceitar que a carga fiscal continue a aumentar ano após ano e a somar a isso, que os serviços públicos se vão degradando dia após dia. Para onde está a ir o dinheiro dos nossos impostos?
O estado a que chegámos em áreas fundamentais como a saúde, justiça e educação, só nos podem levar a concluir que batemos no fundo da competência e da gestão. Não podemos continuar sem aulas por falta de professores, não podemos continuar com tempos de espera de anos em algumas especialidades, não podemos continuar com mega processos judiciais que ameaçam prescrever a qualquer momento. Não podemos ter taxas de mortalidade históricas e achar que não se passa nada, assim como nas escolas, o que nos deve preocupar não são casas de banho mistas mas sim a qualidade do ensino. O grande problema do nosso país é ter governantes com as prioridades trocadas e imersos numa inércia crónica.
Não posso terminar este artigo sem vos contar o que sinto, todos os dias, nas ruas do meu concelho em Vila Franca de Xira. Há um ano éramos desprezados e ignorados. Hoje em dia, só se fala do Chega nos cafés, restaurantes, na rua, sobre o trabalho que temos feito. É isto que me motiva, que nos motiva, sentir que todo o esforço que colocamos no objetivo de mudar e melhorar a vida dos nossos concidadãos, é reconhecido, apreciado e congratulado. As pessoas sentem a mudança e querem a mudança, as pessoas querem CHEGA!
Pedro Martins
(Coordenador da Concelhia de Vila Franca de Xira)