Lula e ex-juiz Moro trocam acusações sobre plano para assassinar políticos

©facebook.com/Lula

O Presidente brasileiro, Lula da Silva, e o antigo juiz e senador da oposição Sergio Moro trocaram na quinta-feira acusações sobre a descoberta na véspera de um plano para assassinar autoridades, incluindo o legislador.

“Eu não vou falar porque eu acho que é mais uma armação do Moro. Mas eu quero ser cauteloso, eu vou descobrir o que aconteceu. É visível que é uma armação do Moro. Mas eu vou pesquisar”, declarou Lula durante um evento no Rio de Janeiro.

Lula da Silva, um dia antes de o plano ser descoberto, tinha declarado numa entrevista ao canal Brasil 247 que quando esteve na prisão durante 580 dias, condenado pelo então juiz, e usando um palavrão, deu a entender que só pensava em vingar-se de Moro.

O antigo juiz, pela sua parte, respondeu nesse dia a Lula da Silva numa entrevista com o canal CNN Brasil dizendo que o governante estava “a vingar-se do país” e usava uma linguagem de “baixo calibre”.

Já na quinta-feira, Moro, que chegou a ser ministro da Justiça do Governo de Jair Bolsonaro escreveu nas redes sociais: “senhor Presidente Lula, o senhor que dá risada da ameaça a um senador e a sua família pelo crime organizado, eu lhe pergunto, o senhor não tem decência?”.

Na quarta-feira, a polícia federal desmantelou uma organização criminosa que estava a planear uma série de ataques e assassínios a ocorrer simultaneamente em cinco estados brasileiros contra altos funcionários e políticos.

Entre os visados estava Moro, conhecido internacionalmente por condenar e prender Lula da Silva na operação anticorrupção Lava Jato e que seria ministro da Justiça no Governo de Jair Bolsonaro (2019-2022).

Segundo o atual ministro da Justiça, Flávio Dino, as investigações indicam que os ataques poderiam ocorrer simultaneamente e que os principais suspeitos se encontram em São Paulo e Paraná, estado de Moro e de onde a operação da Lava Jato foi coordenada.

No total, 120 agentes fardados foram mobilizados na quarta-feira para executar 11 mandados de captura e 24 mandados de busca nas casas e propriedades dos suspeitos.

Moro acusou o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma poderosa máfia brasileira de tráfico de droga que surgiu nas prisões de São Paulo nos anos 1990 e é considerada a principal organização criminosa da América do Sul, de ser responsável pelos ataques falhados.

Como ministro da Justiça de Bolsonaro, o agora senador ordenou a transferência de vários líderes do PCC para prisões federais de segurança máxima, onde estiveram isolados durante várias semanas.

Últimas de Política Internacional

O serviço de segurança interna de Israel, Shin Bet, anunciou hoje que desmantelou uma rede do grupo islamita palestiniano Hamas em Hebron, na Cisjordânia ocupada, numa operação conjunta com o Exército e a polícia.
O Governo norte-americano anunciou hoje que vai cortar o financiamento federal para Organizações Não Governamentais (ONG) envolvidas em distúrbios, independentemente do resultado de uma resolução a aprovar no Congresso sobre este assunto.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Mark Rutte, previu hoje "decisões históricas e transformadoras" na cimeira de Haia para alocar 5% do PIB à defesa, visando compensar o "esforço desproporcional" dos Estados Unidos.
O presidente ucraniano deverá pedir mais sanções de Washington contra Moscovo e a aquisição de armamento dos EUA. A reunião deverá começar pelas 13h00 locais (12h00 em Lisboa).
O preço do barril de petróleo Brent para entrega em agosto caiu hoje mais de 5% no mercado de futuros de Londres, depois de Israel ter aceitado o cessar-fogo com o Irão proposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, pediu hoje aos aliados europeus que "não se preocupem tanto" com os Estados Unidos da América e se foquem em aumentar o seu investimento em Defesa.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 da União Europeia (UE) discutem hoje os desenvolvimentos na guerra na Ucrânia e a escalada do conflito entre Israel e o Irão, após os bombardeamentos norte-americanos contra várias instalações nucleares iranianas.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou este sábado que as forças armadas dos Estados Unidos atacaram três centros nucleares no Irão, incluindo Fordo, juntando-se diretamente ao esforço de Israel para decapitar o programa nuclear do país.
O Parlamento Europeu (PE) defende a aplicação do plano de ação europeu para as redes elétricas, visando modernizá-las e aumentar a capacidade de transporte, para evitar novos ‘apagões’.
Teerão iniciou, durante a noite de segunda-feira, uma nova vaga de ataques com mísseis contra Israel, tendo sido ativado o alerta de mísseis e aconselhados os moradores de Telavive a procurar abrigo.