24 Abril, 2024

As esquerdas, a «Reforma Urbana», o papel de Cavaco e a construção de uma alternantiva

O programa «Mais Habitação», apresentado pelo PS, num regresso ao PREC dos anos 70, exibido com toda a pompa e aclamado pela comunicação social, está morto e enterrado. O Governo e as suas esquerdas de estimação, ansiosas pela «reforma urbana», como já haviam defendido a «reforma agrária», há perto de cinquenta anos, já o perceberam.

As oposições à direita, essas, há muito que tinham dado o mote ao programa: CHUMBAR! E como estas «oposições», com vista a livrar Portugal e os Portugueses do socialismo reinante, têm de se entender, na questão da habitação já há (mais) um ponto de convergência. Não é muito, para quem pretende ser alternativa, limitar-se a dizer o que «não quer». Mas é alguma coisa. Além disso, é um bom e auspicioso começo. Ao longo dos próximos meses, seguramente que haverá mais pontos em comum e nas mais variadas áreas, para a construção da verdadeira alternativa governativa nacional, nomeadamente na Saúde, Ensino, Economia, Justiça, Segurança Social, Segurança e Defesa, etc.

Posto isto, e ainda a propósito do programa «Habitação», honra lhe seja feita, Cavaco Silva, um senador do regímen, foi, se quisermos, o responsável pela machadada final no projecto socialista. Sempre que Cavaco fala incomoda o PS e as esquerdas. É normal! O PS não está habituado a ser confrontado com a realidade e acha-se o dono-disto-tudo. Pior: considera-se dono do regímen. Além do mais, Cavaco fala com a autoridade de quem governou 10 anos, com duas maiorias absolutas, e colocou o País a crescer. Foi Presidente da República outros dez anos e viu Portugal empobrecer, miseravelmente, com a bancarrota da dupla Sócrates e Costa.

Cavaco não é perfeito, e seguramente que se lhe podem assacar erros, mas, em democracia, foi apenas nos seus governos que se assistiu a uma convergência com a Europa e a crescimento económico. Mas há mais. Podemos associar aos seus governos obras emblemáticas como o Centro Cultural de Belém, as pontes de São João e do Freixo (Porto), a Expo’98, a Autoeuropa, a barragem do Alqueva, a Ponte Vasco da Gama, o crescimento da rede de autoestradas, os Planos de Erradicação de Barracas em Lisboa e no Porto, a defesa do ambiente e ordenamento do território, a construção de hospitais, centros de saúde, escolas e outros edifícios de bem público. Em suma, modernizou o País do pós-revolução e do descalabro das aventuras de esquerda, nomeadamente as bancarrotas dos Governos de Mário Soares.
Aqui chegados, apetece perguntar o que é que podemos associar, afinal, à também já longa governação de A. Costa. Até ver, temos de o associar aos Governos de A. Guterres e J. Sócrates. Costa esteve em ambos. No «seu» mandato, até ver, temos de associar as cativações, a estagnação, a degradação dos serviços públicos e a total ausência de sentido estratégico e casos de corrupção que ensombram os seus sete anos de PM. Pior: o mandato ainda não terminou.

Cavaco continua a irritar as esquerdas e o PS de modo particular. Passos Coelho está no mesmo nível de irritação. Contudo, até prova em contrário, parece que ambos, com os seus erros, as suas insuficiências e as suas imperfeições, fizeram o que puderam por Portugal e as suas intervenções, anos depois de abandonarem funções executivas, são ouvidas e respeitadas pelos Portugueses.

O PS, até ver, tem M. Soares, A. Guterres, J. Sócrates e A. Costa para mostrar. Não me parece que algum destes vença um concurso de seriedade e sentido patriótico de devoção à causa pública. Contudo, aguardemos pelos próximos tempos. Após as aventuras geringonceiras, a Política, em Portugal, parece que voltou a ter interesse. No meio disto tudo, concentremo-nos no essencial: o bem comum de Portugal e dos Portugueses.

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