26 Abril, 2024

Já CHEGA de Esquerda!

A constatação mais evidente do que se tem vindo a passar no país nos últimos anos é de que nos falta o que Miguel Torga outrora definiu como “o romantismo cívico da agressão”. Efectivamente, acordamos indignados com a vida que temos, passamos grande parte do dia a protestar contra o estado lamentável em que o país está, vamos ao supermercado, ao café da zona e até à mercearia com a inegável frustração da miséria à qual os nossos governantes nos têm reduzido – mas não saímos disto. Nunca saímos disto! Somos uma sociedade pacífica de cobardes.

E não é que não tenhamos motivos para sermos diferentes.

Ao invés do que apregoam as tribos das ideologias da Esquerda, Portugal é um país com problemas estruturais gravíssimos, os quais têm sido agravados nos longos anos em que o Partido Socialista nos tem governado. Entre eles, três merecem lamentável e penoso destaque, nomeadamente os baixos rendimentos (somos o antepenúltimo país da Zona Euro no PIB per capita), a baixa produtividade (somos o antepenúltimo país da Zona Euro no PIB per caem produtividade por hora trabalhada) e a fraca competitividade (fruto da pesadíssima carga fiscal que nos tem vindo a ser exigida e aumentada pela voracidade asfixiante dos socialistas).

A estes problemas estruturais, juntam-se outros, que vão desde a fraca Justiça, as redes de corrupção que gravitam em torno do poder e o endividamento externo a temas mais conjunturais, tais como a inflação galopante, a crise energética, o aumento da despesa fixa e a deterioração preocupante de quase todos os serviços públicos, com a Saúde e a Educação à cabeça.

A Saúde colapsa – mas o governo apresenta lucros extraordinários, resultantes da cobrança do IVA. Os professores estão na rua – mas as administrações dos bancos pagam, a si mesmas, prémios milionários. Os portugueses não conseguem comprar casa – mas os agentes imobiliários e os promotores com amigos em sítios importantes acumulam fortunas à custa de especulações. O pão falta em milhares de mesas – mas não há secretário que não tenha ‘rabos de palha’ ou ministro que não seja suspeito em um qualquer esquema de corrupção.

Para mudar estas políticas, precisamos de mudar de gente. Precisamos de gente séria, apoiada por gente séria. Gente que saiba o que é trabalhar. Gente que tenha feito mais na vida do que ocupar cargos. Gente que saiba explicar de forma transparente o que tinha e o que tem em termos de património e de rendimentos. Gente mais interessada em trabalhar do que em andar de exibicionismo em exibicionismo sem nada para mostrar além de desleixos intoleráveis e fundamentalismos corrosivos.

Muitos dirão que estamos a colher o que semeámos. Até certo ponto, têm razão. Pois, durante demasiado tempo, deixamo-nos ser enganados pelas ‘virtudes’ da Esquerda, que, da altivez do altar moral onde reza, tem pregado tal como Frei João.

Essa Esquerda da pobreza, da injustiça, da desigualdade, da banca selvagem, dos DDTs e da corrupção, que teve sucesso apenas em converter Portugal numa Venezuela europeia.

Assim, cabe à Direita – à verdadeira, e não à das tibiezas, do conluio com o PS e do casamento com o PSD-Madeira – ter bandeiras e grandes causas. Aliás, é tamanha a empreitada que é necessário levar a cabo no país, que só a verdadeira Direita conseguirá resgatar para si o combate que é seu, nomeadamente o da coesão nacional, o da defesa do valor do trabalho, o do direito ao enriquecimento, o do combate ao pós-modernismo que destrói a nossa fibra identitária, o da responsabilidade fiscal, o da luta contra a corrupção e o da determinação em construir um hoje melhor para todos.

A nossa sociedade não pode continuar adormecida perante os tantos desafios que o presente nos coloca. Pelo contrário, precisamos de um sobressalto cívico, que nos traga um país forte, dinâmico e onde os poderes públicos são uma solução, e não a causa que aprofunda o estado de carência e de miséria no qual já tantos vivem. Os actos eleitorais que se aproximam constituem mais uma oportunidade para não desperdiçar o que só de nós depende e para, de uma vez por toda, exigirmos à Esquerda e a todos os que sustentam o presente estado de coisas que tenham vergonha na cara.

Já é tempo para isso!

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