Empresas portuguesas ganham 5,4 milhões de euros com missão europeia a Júpiter

© D.R.

A missão europeia que vai colocar um satélite na órbita de Júpiter rendeu às empresas portuguesas envolvidas 5,4 milhões de euros em contratos, disse hoje à Lusa o presidente da agência espacial portuguesa Portugal Space, Ricardo Conde.

Ricardo Conde salientou que a missão representa “uma afirmação” da indústria portuguesa que se traduziu num “volume contratual” de 5,4 milhões de euros para as empresas envolvidas.

Segundo o presidente da Portugal Space, trata-se da “missão da década” da Agência Espacial Europeia (ESA) e a “antecâmara de uma participação” mais alargada de Portugal noutras missões.

“As capacidades que foram desenvolvidas para esta missão podem ser replicadas noutras”, frisou.

A ESA envia hoje, da Guiana Francesa, o satélite Juice, que vai estudar Júpiter e três das suas maiores luas com potencialidades de albergarem vida.

A descolagem, a partir da base da ESA em Kourou, onde Portugal estará representado por Ricardo Conde, está prevista para as 13:15 (hora de Lisboa) a bordo de um foguetão europeu Ariane 5.

O satélite inclui componentes fabricados pelas empresas portuguesas Efacec, LusoSpace, Active Space Technologies, Deimos Engenharia e FHP – Frezite High Performance.

Juice (JUpiter ICy moons Explorer, Explorador das Luas Geladas de Júpiter) irá estudar o maior planeta do Sistema Solar e as luas Europa, Ganimedes e Calisto, onde os cientistas pensam que possa existir água líquida (elemento fundamental para a vida tal como se conhece) sob as crostas de gelo à superfície.

O satélite deverá chegar ao gigante gasoso passados oito anos, em julho de 2031, fazer 35 voos de aproximação às luas geladas e alcançar Ganimedes em dezembro de 2034.

Será a primeira vez que um satélite artificial orbitará uma lua de outro planeta.

Espera-se que a missão da ESA, que custou cerca de 1,6 mil milhões de euros e teve a colaboração das agências espaciais norte-americana (NASA), japonesa (JAXA) e israelita (ISA) em termos de instrumentação e ‘hardware’, termine em setembro de 2035.

Os primeiros dados científicos são expectáveis em 2032.

Atualmente, o único satélite artificial em órbita de Júpiter é o Juno, da NASA.

Portugal é Estado-membro da ESA desde 2000.

Últimas de Economia

Os Estados Unidos suspenderam as negociações de um acordo comercial com a Tailândia devido às tensões na fronteira com o Camboja, após Banguecoque suspender um entendimento de paz assinado em outubro com a mediação do Presidente norte-americano.
A despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com medicamentos nos hospitais subiu quase 15%, entre janeiro e setembro, de acordo com dados hoje publicados pelo Infarmed.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou hoje que a taxa de inflação homóloga foi de 2,3% em outubro, menos 0,1 pontos percentuais do que a verificada em setembro.
O número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais aumentou 4,8% até setembro, face ao mesmo período de 2024, para 57,028 milhões, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O índice de volume de negócios nos serviços subiu 2,6% em setembro face ao mesmo mês de 2024, mas desacelerou 0,2 pontos percentuais relativamente a agosto, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O preço da carne de novilho não para de subir e já pesa no bolso dos portugueses. Em apenas dois anos, o quilo ficou 5 a 6 euros mais caro, um aumento de quase 100%, impulsionado pela guerra na Ucrânia e pela alta dos cereais que alimentam o gado.
As três maiores empresas do setor energético exigem a devolução de milhões de euros pagos ao Estado através da Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE), um imposto criado para financiar a redução da dívida tarifária e apoiar políticas ambientais, mas que, segundo o tribunal, foi aplicado de forma ilegal no setor do gás natural.
As exportações de bens aumentaram 14,3% e as importações subiram 9,4% em setembro, em termos homólogos, acumulando um crescimento de 1,9% e 6,5% desde o início do ano, divulgou hoje o INE.
O valor médio para arrendar um quarto em Lisboa ou no Porto ultrapassa metade do salário mínimo nacional. Perante a escalada dos preços e orçamentos familiares cada vez mais apertados, multiplicam-se as soluções alternativas de pousadas a conventos, para quem procura um teto a preços mais acessíveis.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) defende que Portugal deve optar por reduzir as isenções fiscais e melhorar a eficiência da despesa pública para manter o equilíbrio orçamental em 2026, devido ao impacto das descidas do IRS e IRC.