Governo compra plataforma para gerir e guardar informações das ‘bodycams’ dos polícias

© Folha Nacional

O Governo lançou um concurso público, no valor de 1,48 milhões de euros, para compra de uma plataforma que vai gerir e guardar a informação recolhida pelas ‘bodycams’ e sistemas municipais de videovigilância.

Segundo uma informação, a que Lusa teve acesso, o Ministério Administração Interna (MAI) enviou para publicação em Diário da República o anúncio do concurso público para compra da Plataforma Unificada de Segurança de Sistemas de Vídeo.

Esta plataforma terá como requisitos a capacidade para gerir de forma centralizada todos os tipos de tecnologia associados aos equipamentos de videovigilância, nomadamente as câmaras portáteis de uso individual pelos agentes policiais, as chamadas ‘bodycams’, e os sistemas municipais de videovigilância, bem como a ligação a sistemas remotos instalados em estabelecimentos de diversão noturna ou centros comerciais.

O Ministério tutelado por José Luís Carneiro estima que o concurso para a Plataforma Unificada de Segurança de Sistemas de Vídeo, no valor de 1,48 milhões de euros (mais IVA), esteja concluído em meados de agosto casa não exista “pedidos de prorrogação dos prazos para entrega de propostas ou impugnações de natureza administrativa e ou judicial”.

Segundo o MAI, o processo de aquisição das ‘bodycams’, cujo decreto-lei que já foi publicado no início de janeiro, entrou esta semana na sua fase final com o lançamento do concurso para compra da plataforma.

No entanto e só depois de concluído o concurso de compra da plataforma é que se seguirá a fase de aquisição das ‘bodycams’ para equipar os elementos da PSP e GNR.

“Elemento complementar das ‘bodycams’, a plataforma de videovigilância é um sistema de gestão de vídeo único – evitando a utilização simultânea de vários softwares de diferentes fabricantes – e capaz de integrar sons, imagens e analítica de vídeo obtidos com bodycams de múltiplos fornecedores”, de acordo com o MAI.

O MAI indica que este critério visa favorecer a livre escolha dos utilizadores (GNR e PSP) e garantir a concorrência entre os fornecedores das câmaras portáteis, permitindo a plataforma “a gestão centralizada e integrada da informação recolhida, promovendo a sua operação segura e eficaz por parte do responsável para o tratamento dos dados”.

Para garantir a segurança informática do sistema, esta plataforma de videovigilância agora a concurso deve ter mecanismos de encriptação e autenticação e características que evitem o acesso não autorizado aos diferentes tipos de dados recolhidos pelas ‘bodycams’, transmitidos e armazenados.

A plataforma deve ainda ter “capacidades de comando e controlo, de suporte de mapas para consulta e navegação em tempo real e identificação do posicionamento dos utilizadores das ‘bodycams’ também em tempo real, assim como de encriptação dos vídeos em modo de espera e em trânsito”.

A aquisição das ‘bodycams’ está contemplada na Lei de Programação das Infraestruturas e Equipamentos para as Forças de Segurança, especificamente na medida Equipamentos de Proteção Individual e que tem uma dotação financeira de 15,3 milhões de euros.

Últimas do País

Cinco pessoas foram detidas hoje no âmbito da operação de prevenção criminal que o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP está a realizar hoje na zona da Alta de Lisboa, Ameixoeira e Ajuda, segundo aquela força de segurança.
A Polícia Judiciária desmantelou um esquema de corrupção dentro de uma Unidade de Saúde Familiar, onde duas funcionárias alegadamente criavam milhares de números de utente ilegais para imigrantes. A operação “Gambérria” já levou à detenção de 16 pessoas e expõe um dos maiores escândalos recentes de acesso fraudulento ao SNS.
A ministra da Saúde garantiu hoje que o projeto de ampliação e requalificação do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, “não está na gaveta” e que “já tem pernas” para avançar “no início do próximo ano”.
A Grande Lisboa registou um aumento de mais de 6,1% na criminalidade geral nos primeiros dez meses do ano, revelam dados oficiais da PSP. Apesar da descida ligeira nos crimes violentos, o cenário global aponta para uma região onde a insegurança cresce de forma consistente.
A Polícia Judiciária (PJ) deteve hoje em Lisboa um cidadão estrangeiro de 26 anos, que fugiu à polícia em agosto, por tráfico de droga, anunciou hoje aquela polícia.
O parlamento da Madeira aprovou hoje, por maioria, uma proposta de lei à Assembleia da República apresentada pelo CHEGA para revogar o limite de referência de droga para consumo médio individual de dez para cinco dias.
A Cloudfare anunciou esta terça-feira estar a investigar uma falha na sua rede global que provocou a 'queda' de vários clientes, como a rede social X, o 'chatbot' ChatGPT e o videojogo 'League of Legends'.
A Polícia Judiciária deteve no aeroporto de Lisboa, em três ações distintas, três mulheres estrangeiras, entre os 20 e os 39 anos, suspeitas do crime de tráfico de droga, indicou esta terça-feira a PJ.
Nos primeiros 10 meses de 2025, foram detidas pela Polícia Judiciária (PJ) 269 suspeitos de crimes sexuais, mais do que em todo o ano de 2024, quando foram detidos 251, revelou hoje o diretor da instituição.
O antigo governante e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos Armando Vara foi detido na segunda-feira pela PSP, em Lisboa, para cumprir os dois anos e meio da prisão que restam devido aos processos Face Oculta e Operação Marquês.