Cerco ao largo do Rato, contra a corrupção e a impunidade do PS

© Folha Nacional

Cerca de vinte agentes da PSP, das equipas de intervenção rápida, acompanhados de várias viaturas, criaram um perímetro de segurança e cortaram a estrada em frente ao largo do Rato, que ficou vazia.

Apesar de afastados da sede do PS e encostados ao muro em frente, as intervenções na concentração do CHEGA começaram com aplausos às forças de segurança.

Ainda sem a presença do presidente do partido, André Ventura, os manifestantes tentaram fazer um cordão humano no espaço que lhes foi reservado, resultando numa espécie de semicírculo, apesar de o ‘speaker’ continuar a falar num cerco à sede socialista.

A manifestação iniciou-se cerca das 15h30 e decorreu de forma pacífica.

Quando o presidente do CHEGA, André Ventura, chegou ao local, faltavam poucos minutos para as 16h00, a agitação aumentou, com gritos: “Direita só há uma, a do CHEGA e mais nenhuma”.

Na quinta-feira, o presidente e deputado do CHEGA afirmou que o objetivo da manifestação seria “fazer um cerco à sede do PS para mostrar a indignação à forma como tem governado o país”. Ventura acrescentou ter-se reunido com as forças policiais e a Câmara Municipal de Lisboa, esperando “uma manifestação ordeira e pacífica”.

Nas redes sociais, o partido anunciou a iniciativa como um “cerco ao largo do Rato, contra a corrupção e a impunidade do PS”, com fotografias dos ex-governantes José Sócrates e Armando Vara ou do antigo banqueiro Ricardo Salgado e frases como “em Portugal a corrupção tem uma marca” ou “não ao abuso de poder”.

Últimas de Política Nacional

O Ministério Público (MP) pediu hoje penas entre os cinco e nove anos de prisão para os ex-presidentes da Câmara de Espinho, Miguel Reis (PS) e Pinto Moreira (PSD), por suspeitas de corrupção no processo Vórtex.
O presidente do CHEGA, André Ventura, anunciou hoje que o seu partido votará contra o novo pacote laboral no parlamento se o Governo não ceder em matérias como o despedimentos e alterações na área da parentalidade.
A mensagem gerou indignação, o caso abalou o ministério e levou a uma demissão, mas o inquérito interno concluiu que não houve infração disciplinar. Nataniel Araújo sai ilibado e continua como chefe de gabinete da Agricultura.
Os vereadores e deputados municipais do CHEGA têm rejeitado a criação da Comunidade Intermunicipal da Península de Setúbal.
Bruxelas paga, Lisboa faz campanha: Ângelo Pereira (PSD) e Ricardo Pais Oliveira (IL) estiveram no terreno eleitoral enquanto recebiam vencimentos do Parlamento Europeu, prática proibida pelas regras comunitárias.
A comissão parlamentar de inquérito (CPI) ao INEM decidiu hoje suspender os trabalhos durante o período de Natal e Ano Novo e na segunda semana de janeiro, devido às eleições presidenciais.
Num mês em que as presidenciais já se travavam mais nos ecrãs do que nas ruas, André Ventura esmagou a concorrência: foi o candidato que mais apareceu, mais falou e mais minutos ocupou nos principais noticiários nacionais.
O Ministério da Saúde voltou a entregar um contrato milionário sem concurso: 492 mil euros atribuídos diretamente ao ex-ministro social-democrata Rui Medeiros, aumentando a lista de adjudicações diretas que colocam a Saúde no centro da polémica.
A nova sondagem Aximage para o Diário de Notícias atira André Ventura para a liderança com 19,1% das intenções de voto. Luís Marques Mendes surge logo atrás com 18,2%, mas o maior tremor de terra vem do lado do almirante Gouveia e Melo, que cai a pique.
André Ventura surge destacado num inquérito online realizado pela Intrapolls, uma página dedicada à recolha e análise de inquéritos políticos, no contexto das eleições presidenciais marcadas para 18 de janeiro.