RTP regista em 2022 lucros pelo 13.º ano consecutivo ao atingir 767 mil euros

© RTP

A RTP obteve um resultado líquido de 767 mil euros no ano passado, menos 22% que os 985 mil euros registos em 2021, apresentando lucros “pelo décimo terceiro ano consecutivo”, divulgou hoje a empresa liderada por Nicolau Santos.

O resultado operacional EBITDA atingiu os 12,8 milhões de euros em 2022.

“Os resultados superaram o orçamento e ficaram acima das expetativas negativas decorrentes da guerra da Ucrânia, evolução negativa da taxa de inflação, aumento do custo de energia e das taxas de juro e clima generalizado de incerteza”, refere a RTP.

Apesar destes fatores, prossegue a administração da RTP em comunicado, “foi possível obter ganhos de eficiência, que levaram a resultados económicos e financeiros positivos e a reduzir a dívida bancária”.

Entre as principais razões para o desempenho financeiro da rádio e televisão públicas esteve o aumento homólogo de 3,3% das receitas para 230,6 milhões de euros, “com o crescimento das receitas comerciais em 3,9 milhões de euros (9,3%) e da contribuição para o audiovisual (CAV) em 3,5 milhões de euros (1,9%)”.

No período em análise, os gastos e perdas subiram 4,2% para 217,8 milhões de euros devido ao aumento de sete milhões de euros de custo de grelha, nomeadamente “pelo efeito dos direitos de transmissão do Mundial de Futebol 2022, tendo este custo sido parcialmente compensado pela redução de custo da restante grelha” e à subida dos custos com pessoal e Fornecimentos e Serviços Externos (FSE) “no total de 1,7 milhões de euros”.

O aumento dos FSE é “explicado pelo aumento de custos energéticos”, justifica a RTP.

“O endividamento bancário diminuiu 7,4 milhões para os 84,8 milhões de euros e o capital próprio foi reforçado em 5,4 milhões de euros, contribuindo para a melhoria do balanço da RTP”, adianta a empresa.

O investimento foi de quatro milhões de euros, “abaixo dos sete milhões de euros orçamentados, devido a limitações de disponibilidade de equipamentos e tempos de entrega e necessidade de rever procedimentos de compra”.

“Apesar da não atualização do valor da CAV, a RTP continua a privilegiar o investimento em inovação, prevendo reforçar o seu investimento em 2023, em sustentabilidade energética (com candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência [PRR] já aprovadas, num total de 7,3 milhões de euros)”, conclui.

Últimas de Economia

O escândalo da privatização da TAP volta a rebentar: o Ministério Público constituiu quatro arguidos por suspeitas de que a companhia aérea foi comprada… com o próprio dinheiro da TAP. A operação 'Voo TP789' desencadeou 25 buscas explosivas e está a abalar o setor da aviação nacional.
A taxa de inflação homóloga fixou-se, em outubro, nos 2,1% na zona euro, confirmou hoje o Eurostat, indicando que na União Europeia (UE) foi de 2,5%, com Portugal a apresentar a sexta menor (2,0%).
A Polícia Judiciária realizou hoje várias buscas no âmbito da privatização da TAP em 2015.
O Conselho Económico e Social (CES) considera "insuficiente o grau de clareza" das transferências internas da Segurança Social e recomenda que a Conta Geral do Estado (CGE) "passe a incluir dados detalhados" sobre a Caixa Geral de Aposentações (CGA).
O Banco Central Europeu (BCE) considerou que dez bancos importantes da zona euro tinham em 2025 provisões insuficientes para cobrir os riscos de exposições a crédito malparado, menos oito bancos que na revisão supervisora de 2024.
A Comissão Europeia decidiu hoje impor limites a importações de produtos de ligas de ferro (ferroligas) pela União Europeia (UE), como medida de proteção desta indústria.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) exigiu hoje o reforço urgente da segurança, após recentes disparos contra serviços de finanças da Grande Lisboa, durante a madrugada, e alertou para o agravamento do clima de segurança nos trabalhadores.
O Ministério Público realizou buscas de grande escala na TAP para investigar suspeitas de corrupção e burla na privatização feita em 2015. O caso, reaberto com novos indícios da Inspeção-Geral de Finanças, ameaça reacender uma das maiores polémicas da empresa.
Nos primeiros nove meses do ano, foram comunicados ao Ministério do Trabalho 414 despedimentos coletivos, mais 60 face aos 354 registados em igual período de 2024, segundo os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou hoje que vai solicitar mais informações aos bancos sobre os ativos de garantia que permitem mais financiamento.