Função Pública protesta a 20 de junho

©Facebook\ Frente Comum

A Frente Comum de sindicatos da administração pública anunciou hoje uma concentração, no dia 20 de junho, frente à sede da ADSE, em Lisboa, para exigir a redução dos descontos dos trabalhadores para o subsistema de saúde.

“Os trabalhadores pura e simplesmente não aceitam continuar a descontar 3,5% dos seus salários durante 14 meses por ano, quando só podem estar doentes 12, parece-me uma evidência”, disse, em conferência de imprensa, o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana.

Nesse quadro, acrescentou o líder sindical, a Frente Comum “vai fazer uma concentração em frente à sede da ADSE, na Praça de Alvalade, em Lisboa, no dia 20 de junho, pelas 11h00”, para reivindicar a redução dos descontos dos atuais 3,5% para 1,5% e de 14 meses para 12 meses.

“Convocamos desde já os trabalhadores da administração pública que conseguirem estar presentes e todos os beneficiários da ADSE” para participarem na concentração, apelou Sebastião Santana.

O sindicalista disse não entender como é que o Governo, perante “lucros extraordinários superiores a 1.000 milhões de euros” na ADSE não reverte “aquilo que foi a imposição da ‘troika'”.

Segundo Sebastião Santana, a justificação do Governo de que faltam estudos sobre a sustentabilidade da ADSE “é um argumento para empatar”, uma vez que o excedente orçamental deste subsistema de saúde garante “plenamente” a sua sustentabilidade.

Ainda assim, “se o Governo continua preocupado com a sustentabilidade da ADSE, pois que faça um aumento imediato dos salários”, referiu o líder da Frente Comum.

Em 02 de maio, a presidente do Conselho Diretivo da ADSE, Maria Manuela Faria, disse numa audição no parlamento, que a situação financeira do subsistema de saúde da função pública é “confortável”, mas considerou “pouco prudente” reduzir as contribuições dos beneficiários.

Maria Manuela Faria referiu que em 2022 o saldo da ADSE volta a ser positivo em 137 milhões de euros, mas defendeu que é preciso “cautela”, tendo em conta vários fatores, como a idade média dos beneficiários, que é de 55 anos, e 53,8% dos beneficiários têm idade superior a 65 anos, com uma despesa ‘per capita’ de 917 euros por ano.

Segundo disse, a ADSE recebe por mês dos beneficiários 50,2 milhões de euros, o que significa que se se retirasse dois meses de contribuições, passando dos atuais 14 meses para 12 meses, a medida retiraria ao sistema mais de 100 milhões de euros.

Maria Manuela Faria considerou ainda “prematuro” avançar com alterações numa altura em que está a ser feito um estudo sobre a sustentabilidade da ADSE.

Últimas do País

Uma das mais urgentes prioridades para o CHEGA na Câmara Municipal do Porto é pressionar o Executivo de Pedro Duarte a tomar decisões sobre o MetroBus na Avenida da Boavista.
O Conselho das Finanças Públicas confirma o pior cenário: o Serviço Nacional de Saúde afundou as contas públicas em 2024, absorvendo 93% de todos os prejuízos das empresas do Estado.
Portugal está a gastar mais de 40 milhões de euros por ano com reclusos estrangeiros, as prisões estão sobrelotadas, as agressões a guardas aumentam e o sistema aproxima-se do limite.
O Instituto Nacional de Emergência Médica registou este ano 28 intoxicações por monóxido de carbono, mais 10 do que em todo o ano de 2024, e alertou, esta quinta-feira, para os riscos de braseiras, esquentadores e fogões em locais com pouca ventilação.
A idade da reforma deverá subir para os 66 anos e 11 meses em 2027, um aumento de dois meses face ao valor estabelecido para 2026, segundo os cálculos com base nos dados provisórios divulgados hoje pelo INE.
O número de pedidos para indemnizações por abusos sexuais na Igreja Católica aumentou para 93, disse hoje a coordenadora do Grupo VITA.
O Estado está a ser ultrapassado dentro da sua própria casa: cerca de 300 fogos públicos foram tomados ilegalmente e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) admite não ter mãos a medir. Lisboa lidera o caos, os despejos duplicam e a vigilância é impossível num património espalhado por 493 bairros.
O presidente da associação de médicos tarefeiros, que hoje se reuniu com o Ministério da Saúde, prevê entregar à tutela até ao final do ano as suas propostas para disciplinar a prestação de serviços nos hospitais públicos.
A Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) avalia os quase dois anos de expansão das Unidades Locais de Saúde (ULS) como “acidentados” num país onde as assimetrias criaram integração de cuidados “muito diferente nos vários locais”.
Elementos do Departamento de Investigação Criminal (DIC) da PSP do Porto terminaram ao início desta manhã de realizar buscas a “várias residências dos Super Dragões no distrito do Porto, avançou fonte da PSP do Porto.