Ministro assegura que não há “rotura” de nenhum medicamento essencial

©D.R.

O ministro da Saúde assegurou hoje que atualmente não há “rotura, nem risco de rotura” de nenhum medicamento essencial e que nos últimos meses as faltas de fármacos nas farmácias diminuíram.

O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF), Hélder Mota Filipe, alertou em declarações à Rádio Renascença que se a falta de medicamentos persistir, Portugal “poderá ter de enfrentar uma crise de saúde pública” e defendeu a criação de uma reserva estratégica de medicamentos, para o país ter “um conjunto de medicamentos por razões de saúde pública ou de catástrofe, quando realmente” precisar deles.

Questionado sobre este alerta à margem da conferência “Valor Estratégico da Indústria Farmacêutica de Medicamentos Genéricos e Biossimilares”, o ministro da Saúde respondeu: “É muito importante que estejamos alerta e as instituições, como a Ordem dos Farmacêuticos, têm obrigação de transmitir essa mensagem, mas a verdade é que nós não temos neste momento nem rotura, nem risco de rotura de nenhum medicamento essencial”.

Sobre a lista de medicamentos essenciais pedida em janeiro pelo Governo à autoridade nacional do medicamento (Infarmed) ainda não estar concluída, Manuel Pizarro afirmou que o processo técnico da sua elaboração, “porque é uma primeira versão da lista, tem sido mais demorado e ainda não está pronto”.

O governante disse esperar que seja publicada nas próximas semanas, para que haja “uma informação mais transparente” sobre a forma como as autoridades estão a atuar para garantir que não faltam medicamentos.

“A boa notícia é que nós temos um sistema de monitorização das eventuais faltas de medicamentos nas farmácias e nos últimos meses essa realidade melhorou muito. Há hoje muito menos medicamentos em falta e muito menos farmácias [com este problema] do que havia anteriormente”, disse, considerando que, aparentemente, as medidas que o ministério tomou em conjugação com a indústria farmacêutica, a indústria de genéricos e as farmácias “têm produzido efeitos”.

O ministro quis deixar “uma mensagem de tranquilidade” à população, reiterando que “não falta nas farmácias portuguesas nenhum medicamento essencial”.

Comentando estas declarações do ministro, o bastonário dos farmacêuticos afirmou que, “provavelmente, a verdade fica entre a rotura de ‘stocks’ e não haver falta de medicamentos na farmácia”.

“Nós temos que ter a noção que os cidadãos quando vão à farmácia, neste momento, em muitos casos, têm que lá voltar porque as farmácias não têm disponível todos os medicamentos”, adiantou Hélder Mota Filipe, sublinhando que realidade que é a percecionada como uma rotura de ‘stocks’ tem diferentes causas que têm que ser combatidas.

O bastonário referiu que o que preocupa os farmacêuticos “é o aumento da frequência” com que as pessoas não veem o acesso garantido aos medicamentos, em alguns casos por “verdadeira rotura de ‘stock’ de medicamentos” e noutros casos porque a quantidade disponíveis no mercado português não é suficiente para as necessidades.

“Mas Portugal não é diferente dos outros países e as roturas de ‘stock’ existem e a tendência para aumentarem é cada vez maior tendo em conta contingências nacionais e contingências internacionais, que são do conhecimento de todos”, salientou.

Hélder Mota Filipe ressalvou, contudo, que não “quer alarmar ninguém”: “O que pretendemos é sinalizar esta situação, que é uma situação real, para que possam ser tomadas medidas preventivas para que a situação não se agudize e possa criar um problema de saúde pública, que neste momento, como é óbvio, não existe”.

Últimas do País

As mais de sete toneladas de cocaína apreendidas em duas embarcações de pesca, a cerca de 1.000 milhas náuticas de Lisboa, tinham como destino a Península Ibérica, após o que seriam transportadas para outros países europeus, revelou hoje a PJ.
A Estação Salva-vidas de Ponta Delgada conta com uma nova embarcação salva-vidas, que vai permitir reforçar as capacidades de resposta da Autoridade Marítima Nacional no arquipélago dos Açores, foi hoje anunciado.
Uma operação conjunta da Polícia Judiciária (PJ), da Força Aérea e da Marinha, resultou na interceção em alto mar duas embarcações de pesca com 10 cidadãos estrangeiros e mais de sete toneladas de cocaína a bordo.
A base de dados que contém a identificação criminal dos condenados por crimes sexuais contra crianças foi criada há dez anos e os pedidos de consulta atingiram no ano passado o número mais elevado.
Muitos dos idosos que denunciam os filhos por violência doméstica querem que estes sejam tratados e não punidos, sustentou à Lusa a coordenadora do Gabinete de Informação e Atendimento à Vítima (GIAV) do Campus de Justiça de Lisboa.
Quatro casas foram hoje assaltadas em várias aldeias do concelho de Macedo de Cavaleiros, no distrito de Bragança, aumentando para sete o número de residências afetadas em pouco mais de uma semana, confirmou à Lusa a GNR.
O Ministério Público arquivou o inquérito à morte de um homem, em novembro de 2024, em Pombal, por não ter sido possivel reunir indícios de um nexo de causalidade entre a demora do INEM e a morte daquele.
Portugal regista um aumento crescente de casos de gripe, sendo expectável que a epidemia comece mais cedo como noutros países europeus, afirmou esta sexta-feira a Diretora-Geral da Saúde, salientando que as próximas duas semanas são cruciais para a vacinação.
O Tribunal da Comarca da Madeira condenou hoje a 20 anos de prisão um homem acusado de ter assassinado a ex-mulher em outubro do ano passado, no concelho de Machico.
O serviço de urgência de obstetrícia e ginecologia das Caldas da Rainha vai estar fechado no sábado, enquanto no domingo estarão encerradas três urgências obstétricas, segundo o Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).