Pentágono denuncia ações “cada vez mais arriscadas” da China na Ásia

© D.R

O Departamento da Defesa dos Estados Unidos denunciou as ações “cada vez mais arriscadas” do exército chinês na Ásia, após dois incidentes entre as forças dos dois países nos últimos dias.

“Continuamos preocupados com as atividades cada vez mais arriscadas e agressivas do Exército de Libertação Popular [chinês] na região, incluindo nos últimos dias”, disse o porta-voz do Pentágono, o general Pat Ryder, que participa com o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, no Diálogo de Shangri-La, uma conferência de segurança a decorrer em Singapura.

As declarações surgem após dois incidentes que envolverem, nos últimos dias, as forças armadas dos EUA e da China no Estreito de Taiwan e no Mar do Sul da China.

A Marinha dos Estados Unidos acusou no sábado um navio chinês de fazer um movimento perigoso perto de um contratorpedeiros dos EUA que navegava no Estreito de Taiwan, acompanhado por uma embarcação canadiana.

A China não mencionou este incidente, mas acusou os Estados Unidos e o Canadá de “causarem problemas intencionalmente no Estreito de Taiwan”.

Washington também acusou um piloto chinês de realizar “uma manobra agressiva injustificada” perto de um avião de reconhecimento dos EUA que sobrevoava o Mar do Sul da China.

Nos vídeos difundidos pelo Comando para o Indo-Pacífico dos Estados Unidos, o avião chinês, um J-16, é visto a voar nas proximidades do avião norte-americano, um RC-135, modelo normalmente utilizado para vigilância.

O evento ocorreu no dia 26 de maio, quando o piloto chinês se posicionou à frente do RC-135, que foi forçado a voar através da turbulência provocada pelo caça chinês.

Segundo os EUA, o seu avião “estava a realizar operações seguras e de rotina no espaço aéreo internacional sobre o Mar do Sul da China, de acordo com o direito internacional”.

Na mesma nota, o Comando para o Indo-Pacífico dos Estados Unidos assegurou que os EUA “vão continuar a voar, navegar e operar com segurança e responsabilidade onde quer que os regulamentos internacionais o permitam”, incluindo na região do Indo-Pacífico.

O porta-voz do Comando do Teatro de Operações Sul do exército chinês, o coronel Zhang Nandong, acusou no comunicado os EUA de “misturarem preto e branco e fazerem falsas acusações, na tentativa de confundir o público”.

“Pedimos solenemente aos EUA que restrinjam conscientemente as ações das forças navais e aéreas da linha da frente, cumpram com rigor as leis internacionais relevantes e os acordos relevantes e evitem acidentes no mar e no ar”, disse Zhang.

A China reivindica quase todo o Mar do Sul da China, apesar dos protestos dos países vizinhos. Os EUA também não reconhecem as reivindicações de Pequim sobre um território marítimo estratégico, através do qual passam cerca de cinco biliões de dólares (cerca de 4,68 biliões de euros) em comércio internacional todos os anos.

Últimas de Política Internacional

O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, vai na quinta-feira ser ouvido numa comissão de inquérito parlamentar sobre suspeitas de corrupção no governo e no partido socialista (PSOE), num momento raro na democracia espanhola.
A Venezuela tem 1.074 pessoas detidas por motivos políticos, segundo dados divulgados na quinta-feira pela organização não-governamental (ONG) Encontro Justiça e Perdão (EJP).
Na quarta-feira, o primeiro governo liderado por uma mulher em Itália cumpre três anos de mandato (iniciado a 22 de outubro de 2022).
A Polónia aprovou uma nova lei que isenta do pagamento de imposto sobre o rendimento todas as famílias com pelo menos dois filhos e rendimentos anuais até 140 mil zlótis (cerca de 33 mil euros).
O Parlamento Europeu (PE) adotou hoje legislação que facilita a retirada do direito de viajar sem visto para a União Europeia (UE) a partir de países que apresentem riscos de segurança ou violem os direitos humanos.
A Comissão Europeia disse hoje apoiar o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para acabar com o conflito em Gaza, quando se assinalam dois anos da guerra e negociações indiretas estão previstas no Egito entre Israel e o Hamas.
O primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, apresentou hoje a sua demissão ao Presidente, Emmanuel Macron, que a aceitou, anunciou o Palácio do Eliseu num comunicado, mergulhando a França num novo impasse político.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai encontrar-se com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ao início da tarde, em Copenhaga, na Dinamarca, para uma reunião bilateral.
A presidente da Comissão Europeia saudou hoje o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para terminar com a guerra em Gaza e que já tem aval israelita, indicando que a União Europeia (UE) “está pronta para contribuir”.
O partido pró-europeu PAS, da Presidente Maia Sandu, venceu as eleições legislativas na Moldova com mais de 50% dos votos, e deverá manter a maioria absoluta no Parlamento, segundo resultados oficiais após a contagem de 99,52% dos votos.