11 Maio, 2024

Médicos criticam demora na nomeação da administração do Amadora-Sintra

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A Ordem dos Médicos (OM) criticou hoje a demora na nomeação do conselho de administração e da direção clínica do Hospital Amadora-Sintra, exigindo medidas imediatas que garantam o respeito pelos médicos e doentes.

“É inaceitável que, no final de junho, ainda não exista uma nova Direção Clínica e que o novo Conselho de Administração esteja desde dezembro para ser nomeado. São meses e meses em que nada se fez para resolver um assunto gravíssimo”, alerta em comunicado o bastonário da OM, Carlos Cortes.

Segundo a Ordem dos Médicos, o conselho de administração do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) terminou o mandato em dezembro 2022 e a direção clínica apresentou a sua demissão em março de 2023.

A OM alerta para “o perigo da não-nomeação deste órgão e equipa” e reclama “medidas imediatas, que garantam o respeito pelos médicos e pelos doentes”.

“Estas são circunstâncias que afetam os hospitais, os médicos, mas sobretudo os doentes e os cuidados que lhe são prestados”, afirma Carlos Cortes, sublinhando que, “não haver uma estrutura estável, que permita aos médicos pôr ao serviço do utente as suas melhores capacidades, prejudica em larga escala o normal funcionamento dos hospitais e as respostas em Saúde”.

A Ordem dos Médicos lembra que “os sérios constrangimentos” vividos no Hospital Fernando Fonseca, nomeadamente no Serviço de Cirurgia, levaram vários médicos a expressarem a sua vontade de abandonar a unidade hospitalar, sendo que o bastonário pede “ações rápidas”, uma vez que é “insustentável que as condições atuais se mantenham”.

Carlos Cortes assume que está a acompanhar a situação com a “máxima atenção” e em “contacto direto” com os profissionais do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, de forma a encontrar soluções.

Para o bastonário, a multiplicidade de unidades de saúde em que episódios desta índole ocorrem “agudizam a gravidade da situação” e “atestam a necessidade” que existe em resolver um “problema crónico do SNS [Serviço Nacional de Saúde]”.

Agência Lusa

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