A relatora da comissão de inquérito à TAP lamentou hoje que PSD e IL não tenham tido a “postura construtiva” de PS, CHEGA, PCP e BE de apresentar propostas de alteração, contribuindo para tornar o documento mais completo.
O arranque da maratona de discussão e votação do relatório final da comissão parlamentar de inquérito à TAP, a relatora, a socialista Ana Paula Bernardo, fez a apresentação do documento, tendo explicado o motivo pelo qual acolheu cerca de 40% das propostas de alteração apresentadas por quatro partidos.
“Agradecer àqueles que quiserem contribuir para melhorar o relatório. Agradecer ao BE, ao PCP, ao CHEGA e ao PS. Foram contributos essenciais para um processo democrático”, referiu.
Ana Paula Bernardo afirmou que “gostaria que todos os grupos parlamentares tivessem optado por idêntica postura”, ou seja “uma postura propositiva e construtiva”, com as 126 propostas de alteração, e não terem adotado uma ação pautada “por juízos de valor e de caráter”.
PSD e IL decidiram não apresentar propostas de alteração ao relatório e apenas deram conta das suas conclusões, não levando assim à votação estas suas sugestões.
A relatora saudou o “esforço daqueles que analisaram o documento e procuraram fazer chegar as suas propostas de alteração”.
“A apreciação destas propostas, a decisão da sua inclusão, resultam da minha inteira responsabilidade, ao contrário do que afirmaram aqui e lá fora”, assegurou.
Garantindo que analisou estas alterações “com a mesma seriedade” que sempre pautou o seu trabalho, Ana Paula Bernardo explicou que integrou no documento que hoje vai ser votado as que considerou importantes “para completar” as informações do documento.
“Procurei, sem desvirtuar o meu entendimento, tornar o relatório mais completo com os contributos do partido que o entenderam fazer”, disse.
O PCP foi o partido que viu mais propostas acolhidas, total ou parcialmente, tendo conseguido 30, enquanto PS, CHEGA e BE viram seis alterações integradas cada um.