Análises do hospital de Loures asseguradas pelo Centro Hospitalar Lisboa Central

©D.R.

A colheita e o processamento de análises clínicas dos utentes do Hospital Beatriz Ângelo passam a ser feitos pelo Centro Hospitalar Lisboa Central, que terá uma equipa instalada na instituição, permitindo poupar anualmente 400 mil euros.

O anúncio foi feito hoje à agência Lusa pelas presidentes das duas instituições, que assinam hoje um protocolo de parceria que apresenta como “caráter inovador” a centralização total do processamento de análises clínicas de um hospital do Serviço Nacional de Saúde num centro hospitalar também do SNS.

“Pretende-se com esta articulação melhorar a qualidade dos cuidados prestados de forma articulada e integrada, com ganhos para ambas as partes”, disse à agência Lusa a presidente do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (CHULC), Rosa Valente de Matos, salientando a rentabilização da capacidade instalada da Patologia Clínica do centro hospitalar.

Rosa Valente de Matos referiu que também é função do CHULC, “como hospital de final de linha altamente especializado”, cooperar e apoiar as instituições do SNS, sendo neste âmbito que surge o projeto de cooperação com o Hospital Beatriz Ângelo (HBA), em Loures.

“Também foram criadas condições que nos tornam de certa maneira mais eficientes, mais rentáveis e temos capacidade de captar mais profissionais para o Serviço Nacional de Saúde”, acrescentou.

O diretor do Serviço de Patologia Clínica do centro hospitalar, Carlos Flores, explicou que o CHULC substituiu o laboratório privado que estava a realizar este procedimento no HBA e passa a ter diariamente no Hospital de Loures um a dois médicos patologistas clínicos e o corpo técnico, “com uma retaguarda no central sempre disposta a responder a qualquer problema”, no total de 20 profissionais de saúde.

A presidente do HBA, Rosário Sepúlveda, disse por seu turno à Lusa que as partes começaram a trabalhar neste projeto há quase um ano para garantir “uma passagem tranquila” de uma responsabilidade que estava atribuída a um parceiro externo para uma instituição do SNS, considerando “uma mais-valia” este funcionamento em rede.

O projeto garante “uma melhor utilização da capacidade instalada que existe”, valoriza os profissionais que estão no SNS e permite uma poupança estimada em cerca de 400 mil euros anuais ao HBA, salientou.

Segundo o diretor clínico do HBA, Carlos Simões Pereira, o CHULC irá assegurar a colheita e o processamento de análises dos três serviços de urgência (geral, pediátrica, ginecologia e obstetrícia), além do trabalho normal do internamento num hospital com cerca de 300 camas e do acompanhamento em consulta.

“Em todos estes ambientes, fazem-se por dia largas dezenas, quando não centenas de exames” de hemograma, bioquímica, de coagulação, bem como exames mais específicos de microbiologia e da área de endocrinologia, que “são decisivos para a prática clínica”.

Carlos Simões Pereira destacou também como mais-valia, “numa perspetiva estritamente clínica”, o facto do laboratório principal estar “muito mais próximo geograficamente” do hospital, o que permitirá “agilizar muito” o processo das colheitas, do tratamento das amostras e da disponibilização dos resultados em tempo útil”.

“Nesse sentido, a nossa expectativa é que, à parte de ser muito satisfatório que o sistema seja incorporado no Serviço Nacional de Saúde, haja uma maior agilidade e uma maior diferenciação nos exames que são disponibilizados e que nos permita melhorar também a nossa prática clínica em tempo real para os doentes”, afirmou o responsável, sublinhando que o HBA acolheu “com entusiasmo esta nova parceria e a mudança que se perspetiva”.

O Protocolo de Colaboração para Prestação de Serviços em Patologia Clínica entre o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central e o Hospital Beatriz Ângelo é assinado hoje no HBA e conta com a presença do secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre.

Últimas do País

Os doentes urgentes estão hoje a esperar quase 20 horas para serem atendidos na urgência geral do Hospital Amadora-Sintra, uma demora que se deve à falta de alguns médicos e aos atendimentos emergentes que ali ocorreram, segundo fonte hospitalar.
Um bebé nasceu hoje no carro dos pais, durante a madrugada, cerca de duas horas depois de a mãe ter estado na Maternidade Daniel de Matos, em Coimbra, e enviada para
A bebé que nasceu de uma cesariana de emergência no Hospital Amadora-Sintra morreu esta manhã, um dia depois da morte da mãe, que deu entrada na unidade em paragem cardiorrespiratória, disse à Lusa fonte do hospital.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou 70 ocorrências entre a meia-noite e as 07h00 de hoje, relacionadas com o mau tempo, a maior parte inundações, queda de árvores e limpeza das vias.
As corporações de bombeiros ainda não receberam os cerca de 20 milhões de euros referentes às despesas extraordinárias feitas durante o combate aos incêndios rurais deste ano, segundo a Liga dos Bombeiros.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) de Leiria deteve um jovem em situação irregular no país e notificou outro para abandonar voluntariamente o território nacional, após uma operação preventiva efetuada no centro da cidade.
O aumento galopante dos preços da habitação em Portugal está a colocar muitos pensionistas numa situação de grande fragilidade económica, obrigando-os a contrair dívidas ou, nos casos mais graves, a viver apenas em quartos arrendados.
A Polícia Judiciária está a investigar um alegado crime de violência sexual cometido contra uma adolescente de 14 anos, em Viseu.
A leitura do acórdão do processo das golas antifumo foi adiada para 14 de novembro, depois de hoje o juiz presidente do coletivo ter feito um despacho de alteração não substancial de factos, passível de contestação pelas defesas.
Matosinhos passou a integrar a Rede de Cidades Criativas da UNESCO, na vertente Gastronomia, juntando-se a uma lista restrita de municípios portugueses distinguidos pela organização pelo seu contributo na promoção da cultura e das indústrias criativas, foi hoje revelado.