China convocou embaixador alemão após Berlim ter chamado ditador a Xi Jinping

O embaixador alemão em Pequim foi convocado no domingo ao Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês após comentários da chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, que descreveu o Presidente Xi Jinping como um ditador.

©facebook.com/people/习近平-Xi-Jinping

A informação sobre a chamada do embaixador alemão à sede da diplomacia chinesa no domingo foi avançada hoje por um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão.

Hoje, a China descreveu o comentário de Baerbock – feito durante uma entrevista à cadeia televisiva norte-americana Fox News, em 14 de setembro – como uma “provocação política”, de acordo com a diplomacia alemã.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China Mao Ning disse hoje que os comentários de Baerbock foram “totalmente absurdos e constituem um grave ataque à dignidade política da China, bem como uma provocação política aberta”.

Referindo-se à guerra na Ucrânia, a ministra alemã, interrogou-se ainda sobre o efeito da guerra da Ucrânia no comportamento do líder chinês.

“Se Putin vencesse esta guerra, que sinal enviaria esse facto a outros ditadores no mundo, como Xi, o Presidente chinês?”, perguntou Baerbock, durante a entrevista televisiva, argumentando que, também por isso, é fundamental que Kiev vença o conflito contra Moscovo.

Um porta-voz do chanceler social-democrata Olaf Scholz, entrevistado hoje em Berlim, considerou que a forma como a China é governada, através de um sistema de partido único, não corresponde aos “ideias democráticos” do Governo alemão, mas recusou-se a usar o termo “ditador” para falar de Xi.

A China é o maior parceiro comercial da Alemanha, mas Berlim tem vindo a endurecer o seu tom em relação a Pequim há vários meses, ao mesmo tempo que procura reduzir a dependência da sua economia e proteger melhor os seus interesses estratégicos face a uma China cada vez mais agressiva.

Últimas de Política Internacional

A Comissão Europeia anunciou hoje uma investigação formal para avaliar se a nova política da `gigante` tecnológica Meta, de acesso restrito de fornecedores de inteligência artificial à plataforma de conversação WhatsApp, viola regras de concorrência da União Europeia.
O Sindicato de Trabalhadores da Imprensa na Venezuela (SNTP) e o Colégio de Jornalistas (CNP), entidade responsável pela atribuição da carteira profissional, denunciaram hoje a detenção de um jornalista que noticiou a existência de um buraco numa avenida.
O Tribunal Constitucional da Polónia ordenou hoje a proibição imediata do Partido Comunista da Polónia (KPP), alegando que os objetivos e atividades do partido, refundado em 2002, violam a Constituição.
A Administração Trump suspendeu todos os pedidos de imigração provenientes de 19 países considerados de alto risco, dias após um tiroteio em Washington que envolveu um cidadão afegão, anunciou o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.
Federica Mogherini, reitora do Colégio da Europa e ex-chefe da diplomacia da União Europeia (UE), foi indiciada pelos crimes de corrupção, fraude, conflito de interesse e violação de segredo profissional, revelou a Procuradoria Europeia.
O Presidente ucraniano apelou hoje para o fim da guerra, em vez de apenas uma cessação temporária das hostilidades, no dia de conversações em Moscovo entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a Ucrânia.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, considerou hoje que a situação na Catalunha só se normalizará totalmente se o líder separatista Carles Puigdemont for amnistiado e regressar à região, tendo reconhecido "a gravidade da crise política" que enfrenta.
A Comissão Europeia confirmou hoje que foram realizadas buscas nas instalações do Serviço de Ação Externa da União Europeia (UE), em Bruxelas, mas rejeitou confirmar se os três detidos são funcionários do executivo comunitário.
A ex-vice-presidente da Comissão Europeia e atual reitora da Universidade da Europa Federica Mogherini foi detida hoje na sequência de buscas feitas pela Procuradoria Europeia por suspeita de fraude, disse à Lusa fonte ligada ao processo.
Mais de 20 mil munições do Exército alemão foram roubadas durante um transporte, em Burg, leste da Alemanha noticiou hoje a revista Der Spiegel acrescentando que o Governo considerou muito grave este desaparecimento.