Galamba admite “atraso na execução” do investimento da ferrovia

O ministro das Infraestruturas garantiu hoje que “não há nenhum corte de investimento” na ferrovia, mas sim o “reconhecimento de atrasos de investimentos em curso”, depois de a despesa prevista para este ano ser cerca de 25% inferior à orçamentada.

© Folha Nacional

“Os projetos em si serão feitos, não serão feitos com a rapidez que todos pretendíamos”, disse João Galamba aos jornalistas, durante uma visita ao Centro de Comando Operacional (CCO) de Lisboa, acrescentando que há problemas na execução do investimento.

Na sexta-feira, o Ministério das Infraestruturas admitiu executar este ano menos 189 milhões de euros de investimento público na ferrovia face ao inicialmente previsto no Orçamento do Estado para 2023.

“Temos acompanhado muito perto, quer em diálogo com a IP, quer com os empreiteiros, na tentativa obviamente que estas obras sejam realizadas o mais rapidamente possível, mas não há aqui nenhuma redução da ambição no investimento, nenhum abandono de nenhum projeto de investimento”, insistiu, sublinhando que o todo o investimento previsto na ferrovia “é para executar”.

O governante garantiu que o executivo fará “tudo” para que o investimento “seja executado o mais rapidamente possível”.

“Infelizmente, isso não depende só do Governo e não depende só da IP e, muitas vezes, não depende só dos empreiteiros, uma vez que falamos também de equipamentos e materiais que têm que ser fornecidos por terceiros”, assinalou.

João Galamba acrescentou que até ao final do ano será lançado “o primeiro concurso referente ao primeiro troço do TGV, e a seguir logo o segundo” – ainda que o segundo esteja a aguardar a emissão da declaração de impacto ambiental.

Questionado sobre novas informações sobre a privatização da TAP, Galamba remeteu novos desenvolvimentos para breve.

“Está previsto ser aprovado o decreto-lei esta semana e, portanto, haverá novidades sobre isso quando o decreto-lei for apresentado”, referiu.

Últimas de Economia

O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou hoje que a taxa de inflação homóloga foi de 2,3% em outubro, menos 0,1 pontos percentuais do que a verificada em setembro.
O número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais aumentou 4,8% até setembro, face ao mesmo período de 2024, para 57,028 milhões, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O índice de volume de negócios nos serviços subiu 2,6% em setembro face ao mesmo mês de 2024, mas desacelerou 0,2 pontos percentuais relativamente a agosto, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O preço da carne de novilho não para de subir e já pesa no bolso dos portugueses. Em apenas dois anos, o quilo ficou 5 a 6 euros mais caro, um aumento de quase 100%, impulsionado pela guerra na Ucrânia e pela alta dos cereais que alimentam o gado.
As três maiores empresas do setor energético exigem a devolução de milhões de euros pagos ao Estado através da Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE), um imposto criado para financiar a redução da dívida tarifária e apoiar políticas ambientais, mas que, segundo o tribunal, foi aplicado de forma ilegal no setor do gás natural.
As exportações de bens aumentaram 14,3% e as importações subiram 9,4% em setembro, em termos homólogos, acumulando um crescimento de 1,9% e 6,5% desde o início do ano, divulgou hoje o INE.
O valor médio para arrendar um quarto em Lisboa ou no Porto ultrapassa metade do salário mínimo nacional. Perante a escalada dos preços e orçamentos familiares cada vez mais apertados, multiplicam-se as soluções alternativas de pousadas a conventos, para quem procura um teto a preços mais acessíveis.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) defende que Portugal deve optar por reduzir as isenções fiscais e melhorar a eficiência da despesa pública para manter o equilíbrio orçamental em 2026, devido ao impacto das descidas do IRS e IRC.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai pedir um reforço em 250 milhões de euros da garantia pública a que pode aceder para crédito à habitação para jovens, disse hoje o presidente executivo em conferência de imprensa.
O índice de preços dos óleos vegetais da FAO foi o único a registar um aumento em outubro, contrariando a tendência de descida generalizada nos mercados internacionais de bens alimentares. O indicador subiu 0,9% face a setembro, atingindo o nível mais elevado desde julho de 2022, segundo o relatório mensal divulgado pela organização.