Governo aprova hoje diploma que enquadra privatização da TAP

O Governo aprova hoje em Conselho de Ministros (CM) o diploma que enquadra o processo de privatização da TAP, numa altura em que se começam a perfilar interessados.

© Facebook /Tap

Na semana passada, no parlamento, o primeiro-ministro, António Costa, colocou a hipótese, entre diferentes cenários, de se privatizar a totalidade do capital da TAP, apesar de indicar que o montante ainda não foi definido e irá depender do parceiro escolhido.

Na sua intervenção inicial neste debate, António Costa anunciou que o Governo vai aprovar no Conselho de Ministros de hoje o diploma que irá estabelecer o enquadramento do processo de privatização da TAP.

Na quarta-feira, o presidente executivo do International Airlines Group (IAG), Luis Gallego, expressou o interesse da ‘holding’ nas condições da privatização da TAP, considerando que “seria algo interessante” para o grupo.

“Estamos sempre abertos a ter grandes empresas, grandes marcas no nosso portefólio e, para ser honesto, queremos ver as condições da privatização da TAP, porque penso que seria algo interessante para nós”, disse Gallego durante uma intervenção no World Aviation Festival, em Lisboa.

Já o presidente da Emirates, Tim Clark, descartou interesse na compra da TAP, cujas condições devem ser conhecidas hoje, e previu uma “guerra de licitações” dos grandes grupos europeus de aviação.

“Claro que [os grandes grupos europeus de aviação] vão querer a TAP como o diabo [‘like hell’]. Como o diabo! […] A guerra de licitações vai começar. É um ótimo ‘hub’ no sudoeste para estes grandes ‘players’, tem acesso a rotas internacionais muito interessantes e tem uma rede europeia muito boa”, defendeu Tim Clark, em entrevista à Lusa, Expresso e Eco, à margem do mesmo evento, onde descartou o interesse da companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos na compra da transportadora portuguesa.

O presidente executivo e do Conselho de Administração da TAP, Luís Rodrigues, disse, por sua vez, ser “um grande defensor da privatização” da companhia aérea, acreditando que o processo “vai correr bem”.

“Acho que vai correr bem. Eu sou um grande defensor da privatização, não há dúvidas disso”, acrescentou Luís Rodrigues, no evento que decorre na FIL, em Lisboa, até quinta-feira.

A TAP está neste momento nas mãos do Estado português, depois da aprovação do plano de reestruturação da companhia, que permitiu um apoio de 3,2 mil milhões de euros.

Últimas de Economia

O Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) disponibilizou a aplicação que permite aos inquilinos proceder à validação prévia dos seus dados para que o apoio à renda lhes seja atribuído ou o valor recalculado.
O Super Bock Group anunciou hoje um investimento superior a 80 milhões de euros, até 2030, no seu plano de descarbonização, que inclui modernização de infraestruturas e sistemas, restauro ecológico e promoção da biodiversidade, entre outras ações.
Portugal recebeu, até ao final de dezembro de 2024, 94,4% do valor programado no Portugal 2020 (PT 2020), registando a quinta maior taxa de pagamentos intermédios entre os países com envelopes financeiros acima de 7.000 milhões de euros.
A Comissão Europeia aprovou a criação de uma empresa comum entre as firmas portuguesas Via Verde e Ascendi e a alemã Yunex para concessões de autoestradas, anunciou hoje a instituição.
O número de empresas criadas em janeiro atingiu as 4.716, menos 16% em relação ao mesmo período do ano passado, avançou hoje a Informa D&B.
O mercado livre de gás natural registou um número acumulado de mais de 1,1 milhões de clientes em dezembro de 2024, um crescimento de 0,4% face a 2023 e que representou quase 72% do total dos contratos.
O Banco de Portugal (BdP) avisou hoje que a AFP Crédito, que tem vindo a atuar através da rede social WhatsApp, não está autorizada a exercer, em Portugal, qualquer atividade financeira.
Os bancos têm liquidez e capital suficientes para financiar mais projetos de construção e crédito à habitação, mas faltam políticas públicas que fomentem a oferta de casas, segundo os presidentes de Caixa Geral de Depósitos, BCP e BPI.
O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) pagou 6.534 milhões de euros aos beneficiários até 29 de janeiro, mais 56 milhões de euros em relação à semana anterior, foi anunciado.
O presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, disse hoje que o banco público já esgotou o valor previsto pelo Estado para os créditos à habitação que pode conceder com recurso à garantia pública.