Sindicato Têxtil denuncia atropelos à lei no distrito de Castelo Branco

O Sindicato Têxtil da Beira Baixa denunciou hoje a existência de chantagens, pressões, ameaças e atropelos aos direitos legais em sete empresas do setor no distrito de Castelo Branco.

© D.R.

“Temos verificado uma série de atropelos, quer ao Contrato Coletivo de Trabalho (CCT), quer aos direitos individuais”, disse hoje a presidente do Sindicato Têxtil, Marisa Tavares, numa conferência de imprensa em frente ao edifício da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) na Covilhã.

Segundo a dirigente sindical, desde julho deram entrada na ACT “mais de vinte pedidos de intervenção” em sete empresas dos concelhos da Covilhã, Fundão, Belmonte e Castelo Branco.

De acordo com Marisa Tavares, estão em causa situações como o uso, “indevidamente e ilegalmente”, de câmaras de vigilância, a pressão sobre os trabalhadores “com ameaças constantes por causa da produção”, “processos disciplinares” indevidos e linguagem abusiva, assédio moral para levar o trabalhador à decisão de sair, irregularidades nos vencimentos de acordo com a categoria profissional, injustificação de falta por greve de empregados não sindicalizados, alteração das férias à margem das normas legais e a “compra ilegal de férias”.

Os trabalhadores são “pressionados, chantageados e até ameaçados”, frisou hoje a presidente do Sindicato Têxtil.

“O desinvestimento que tem sido feito na desvalorização da experiência profissional, a pressão, os baixos salários, as chantagens com trocas de turnos e de folgas vai levar o setor ao precipício”, sublinhou Marisa Tavares.

A dirigente sindical criticou a recusa das empresas em aumentarem os salários e o subsídio de alimentação e referiu que “o CCT aplica mínimos e as empresas que têm condições deviam ir além do CCT”.

“Na contratação coletiva, não tiveram vergonha de propor um aumento de 15 cêntimos e, nas empresas do Grupo Paulo de Oliveira, traduziu-se num aumento de 13 cêntimos. Que setor paga 2,50 euros de subsídio de alimentação?”, acrescentou Marisa Tavares.

A presidente do Sindicato Têxtil disse que foram solicitadas à Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho reuniões “por causa dos acordos de empresa” propostos.

Se não existirem “respostas positivas por parte das empresas” quando essas reuniões forem marcadas, serão feitos plenários, para os trabalhadores decidirem como reagir e se avançam para a greve, sublinhou Marisa Tavares.

A representante sindical apelou ainda para um “reforço das competências da ACT” que vá além dos meios, acrescentando que o sindicato tem verificado junto dos trabalhadores falta “de credibilidade” em relação à ACT e um sentimento de impunidade por parte dos patrões.

“A ACT precisa ter uma autonomia diferente e ter autoridade para chegar a uma empresa e exigir que as coisas sejam cumpridas de acordo com a lei”, vincou Marisa Tavares.

Últimas do País

Uma petição com cerca e 9.800 assinaturas a pedir “ações concretas” às autoridades públicas, para evitar o desaparecimento de pessoas com demência dos hospitais, foi hoje entregue na Assembleia da República por um movimento cívico.
A GNR deteve três homens e três mulheres, com idades entre os 34 e 51 anos, por suspeita de tráfico de droga e furtos no distrito de Aveiro, informou hoje aquela força de segurança.
As divisões de Loures e Benfica do Comando de Lisboa da Polícia de Segurança Pública (PSP) enfrentam uma grave carência de viaturas, com apenas quatro automóveis em cada divisão, apesar de serem responsáveis pela segurança de centenas de milhares de pessoas.
Um homem procurado pelas autoridades judiciárias da Hungria por “fortes indícios” de auxílio à imigração ilegal foi detido em Lisboa pela Polícia Judiciária (PJ), foi hoje anunciado.
A arma branca que alegadamente pertencia a Odair Moniz, que em outubro foi baleado mortalmente por um agente da PSP no bairro da Cova da Moura (Amadora), foi apreendida pelas autoridades e consta do processo, disse hoje fonte judicial.
As redes sociais Facebook, Instagram e Whatsapp estão hoje a registar falhas devido a um problema técnico, indicou hoje a Meta, garantindo que está a trabalhar para que os serviços voltem ao normal.
Dois jovens detidos na segunda-feira por suspeitas de envolvimento nos tumultos ocorridos na Área Metropolitana de Lisboa (AML) após a morte de Odair Moniz ficaram em prisão preventiva, anunciou hoje a PSP.
Um recluso do Estabelecimento Prisional de Pinheiro da Cruz, em Grândola, está em fuga desde segunda-feira, de acordo com uma notícia divulgada pelo Correio da Manhã (CM).
Três em cada quatro jovens internados em centros educativos consumiram pelo menos uma vez na vida substâncias ilícitas, revela hoje um inquérito, segundo o qual 21% jovens viveram com pessoas com problemas de droga, álcool ou jogo.
Autoridades de Portugal e outros 14 países lançaram uma campanha para dissuadir cibercriminosos e ‘hackers’ de realizarem ataques conhecidos como 'negação de serviço distribuído' (DDoS), que bloqueiam 'sites', tradicionalmente na época natalícia, foi hoje anunciado.