Costa afirma que Marcelo aceitou a sua demissão e não se recandidata a primeiro-ministro

O primeiro-ministro anunciou hoje que o Presidente da República aceitou a sua demissão e que não vai recandidatar-se ao cargo se o chefe de Estado convocar eleições legislativas antecipadas.

©Facebook/antoniolscosta

Estas posições foram anunciadas por António Costa, numa comunicação ao país a partir de São Bento, em Lisboa, em respostas dos jornalistas, após ter anunciado que pediu a Marcelo Rebelo de Sousa a sua demissão do cargo.

“Não, não me vou recandidatar ao cargo de primeiro-ministro, que isso fique muito claro. É evidente que esta é uma etapa da vida que se encerrou, além do mais, porque como nós todos sabemos, os processos crime raramente são rápiddos e portanto não ficaria certamente a aguardar a conclusão do processo crime para tirar outra ilação”, afirmou o líder do executivo.

Em relação ao cenário de o chefe de Estado não aceitar a sua demissão, António Costa afastou-o.

“Pedi ao Presidente da República a demissão. Essa demissão foi aceite. Porventura o Presidente da República quererá ponderar qual é a data a partir do qual produz efeitos a minha demissão. E, eu naturalmente, como é o meu dever constitucional, legal e cívico, manter-me-ei em funções até ser substituído por quem me vier a substituir como primeiro-ministro” adiantou.

Últimas de Política Nacional

O processo orçamental entra na semana decisiva, com a entrega na quinta-feira do Orçamento do Estado de 2025 (OE2025), no parlamento, após meses de discussão entre Governo e a oposição sobre quem viabiliza as contas do país.
Pelo segundo ano consecutivo as cerimónias da Implantação da República, que se realizam hoje na Praça do Município, em Lisboa, foram vedadas ao público, tendo acesso apenas pessoas autorizadas.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse esta sexta-feira que o turismo de saúde é uma “matéria sensível” com alguns contornos que têm de ser investigados, mas reforçou que o Serviço Nacional de Saúde “não deixa ninguém à porta”.
A ministra da Saúde negou hoje qualquer pressão sobre as Unidades de Saúde Familiar, revelando que a declaração prévia em que as equipas se comprometem a aceitar os médicos de família que para ali concorrem já existia.
O líder do CHEGA, André Ventura, acusou o atual líder do executivo, Luís Montenegro, de ter mentido quando assegurou não ter qualquer acordo orçamental com o PS e acusou o Presidente da República de perturbar o funcionamento das instituições e ser fonte de intriga.
A Avenida Almirante Reis, em Lisboa, foi o palco de uma manifestação massiva organizada pelo partido CHEGA, onde milhares de apoiantes acompanharam o líder do partido, André Ventura, num protesto contra a “imigração descontrolada” e a “insegurança”.
O primeiro-ministro apresentou a Pedro Nuno Santos uma contraproposta sobre a redução do IRC, que em vez de cair para 17% no final da legislatura decresce para 15%, sendo que em 2025 o corte é de um ponto percentual.
O partido CHEGA apresentou, na quarta-feira, dia 25 de setembro, um Projeto de Resolução que recomendava ao Governo a alteração das regras de inscrição nas creches aderentes ao programa “Creche Feliz”, de forma a dar prioridade às crianças cujos pais sejam trabalhadores.
O primeiro-ministro e líder do PSD acusou hoje o PS de querer condicionar "80% da margem orçamental" do Governo, rejeitando o argumento de que na negociação do próximo Orçamento só estejam em causa duas medidas ou 1% do documento.
O presidente do CHEGA considerou hoje que o Governo está a "reconhecer que vai deixar cair" a redução do IRC e a "capitular ao PS e à esquerda" nessa matéria e "provavelmente" abandonará também a proposta de IRS Jovem.