Consumo de antibióticos caiu 2,5% na UE mas longe da meta de 20% para 2030

O consumo humano de antibióticos diminuiu 2,5% na União Europeia (UE) entre 2019 e 2022, indicando um "progresso lento" em relação à meta fixada para 2030 de redução de 20% da ingestão destes medicamentos, foi hoje divulgado.

©D.R.

A conclusão consta no mais recente relatório do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla inglesa) sobre o consumo de antibióticos (nos hospitais e na comunidade) e que compara dados entre 2019 e 2022.

Em Portugal, a ingestão destes medicamentos, usados para tratar infeções causadas por bactérias, caiu no mesmo período 2,6%, ligeiramente acima da média da UE.

Segundo o ECDC, em 2022 o consumo de antibióticos no espaço europeu deu sinais de recuperação depois das “reduções sem precedentes” verificadas em 2020 e 2021.

“Isto pode indicar que os padrões dos vírus respiratórios de inverno, os contactos sociais, os hábitos de higiene e as práticas de prescrição de antibióticos podem agora ser semelhantes aos que eram antes da pandemia da covid-19”, assinala a agência de saúde pública da UE.

Citada em comunicado, a diretora do ECDC, Andrea Ammon, adverte que “a resistência antimicrobiana continua a ser um desafio significativo”, sublinhando que “maiores esforços para reduzir o uso desnecessário de antibióticos e melhorar as práticas de prevenção e controlo de infeções são imperativos para cumprir as metas para 2030”.

De acordo com o ECDC, a incidência de infeções com a bactéria ‘Klebsiella pneumoniae’, resistente à classe de antibióticos dos carbapenemos, aumentou quase 50% entre 2019 e 2022, quando a meta estabelecida pela UE para 2030 é a redução de 5% destas infeções.

Para a diretora do ECDC, trata-se de dados preocupantes, pois “existem muito poucos tratamentos eficazes disponíveis para doentes com estas infeções”.

Os dados foram divulgados na véspera do Dia Europeu de Sensibilização para os Antibióticos, marcado anualmente pelo lançamento de uma campanha de incentivo para o uso prudente destes medicamentos.

Últimas do País

A Polícia Judiciária e a Marinha Portuguesa intercetaram um semissubmersível venezuelano carregado com 1,7 toneladas de cocaína, em plena rota para a Península Ibérica. Quatro tripulantes foram detidos na megaoperação internacional 'El Dorado'.
Um homem foi detido pela GNR de Alvalade, no concelho de Santiago do Cacém, para cumprimento de um ano e meio de prisão a que foi condenado na Roménia, ficando em prisão preventiva enquanto aguarda extradição.
O jovem de 19 anos suspeito de violar duas estudantes, entre julho e outubro, em Vila Real, vai aguardar julgamento em prisão domiciliária com pulseira eletrónica, informou hoje o Ministério Público.
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) instaurou hoje um processo de esclarecimento sobre o transporte de um bebé em estado crítico desde o Hospital de Faro até ao Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, de ambulância.
O Sindicato Independente dos Médicos alertou hoje que a falta de integração total entre os sistemas informáticos do Hospital Amadora-Sintra e dos cuidados de saúde primários dificulta o acesso completo aos dados clínicos, podendo comprometer a segurança dos doentes.
A GNR deteve, na sexta-feira, em Vila Nova de Gaia e no Porto, oito suspeitos de tráfico e aprendeu mais de 4.700 doses de droga, cerca de 192 mil euros em numerário, armas e outro material, foi hoje anunciado.
Um homem, de 56 anos, foi detido e ficou sujeito à medida de coação de obrigação de permanência na habitação, por ser suspeito de abuso sexual da enteada, em São Miguel, nos Açores, revelou hoje a Polícia Judiciária (PJ).
Um incêndio deflagrou na manhã de hoje, pelas 11:40, no Estabelecimento Prisional de Tires, concelho de Cascais, depois de uma reclusa ter incendiado o colchão e alguns pertences da sua cela, estando a situação normalizada, informaram os serviços prisionais.
Um empreiteiro, que começa a ser julgado na quarta-feira em Coimbra, é acusado de violar as regras de segurança que terão causado a morte do seu tio numa obra, assim como de falsas declarações para encobrir o acidente.
A produção renovável abasteceu 50,2% do consumo energético em Portugal em outubro, a percentagem mais baixa dos últimos dois anos, devido às condições “particularmente desfavoráveis” registadas nesse mês, informou hoje a REN – Redes Energéticas Nacionais.