10 Maio, 2024

A Inclusão ou falta dela nas Escolas Portuguesas

Desde do ano letivo de 2018/2019 que as escolas em Portugal se debatem com mais um problema estrutural conseguir cumprir o decreto-lei 54/2018, o qual regula a educação inclusiva.
A inclusão é um princípio importante na sociedade contemporânea pois é a forma de garantir que todos as pessoas tenham oportunidades iguais e justas independentemente das suas características pessoais.
Neste início de ano letivo existiram 4 federações de apoio a pessoas com deficiência intelectual, paralisia cerebral e autismo a acusarem o governo de falta de apoio à “Escola Inclusiva” esta situação deve preocupar-nos e envergonhar-nos.
Um dos principais desafios que as escolas enfrentam é a falta de professores e de funcionários especializados para acompanhar estas crianças.
A falta de meios e de profissionais especializados pode comprometer o processo de inclusão e pode acarretar prejuízos no desenvolvimento. A presença de um professor especializado é fundamental para garantir que as necessidades individuais de cada criança sejam atendidas, promovendo a igualdade de oportunidades.
Outro ponto de grande importância é o papel dos auxiliares de apoio educativo. Muitas vezes, estas crianças necessitam de auxílio para as atividades diárias como alimentação, higiene e locomoção. O número suficiente de funcionários é essencial para garantir a segurança e bem-estar destas crianças.
O partido CHEGA, através do sr. deputado municipal Américo Costa, levou à Assembleia Municipal de Tomar, em dezembro de 2022 uma moção sobre o projeto de cães terapeutas nas escolas.
As Terapias Assistidas por Animais (TAA) são cada vez mais utilizadas e recomendadas para melhorar funções físicas, emocionais, relacionais e cognitivas de pessoas que necessitam de um tratamento através da participação de um animal.
Os cães aceitam-nos como somos e esse facto faz com que se gere um forte vínculo com o paciente.
A Intervenção educativa e a Terapêutica Assistida por Cães são interações em que um cão de terapia é incorporado como parte do processo educativo ou terapêutico com o objetivo de promover a melhoria das funções físicas, sociais, emocionais e cognitivas.
As investigações mostram-nos que a presença de um cão de terapia está associada a sensações de tranquilidade e relaxamento. Está também associada a um aumento da interação social.
Este tipo de terapia não substitui as terapias clínicas nem os métodos educativos é sim uma forma de completar os mesmos.
O objetivo desta moção era que a Câmara Municipal de Tomar celebra-se um protocolo com uma associação especializada de forma a incluir a terapia assistida por cães nos programas letivos beneficiando assim alunos identificados no concelho com necessidades educativas especiais. Proporcionando a possibilidade de sessões de Cinoterapia em alunos com perturbações do espectro do autismo, perturbações de hiperatividade, défice de atenção, síndrome de Down entre outras.
O Município tem o dever de apoiar a promoção de um processo de ensino/aprendizagem inclusivo, que responda à diversidade de características e necessidades de todos os alunos, sem exceção, tendo em vista o sucesso educativo. Além desse sucesso educativo pretende-se melhorar a qualidade de vida de crianças e jovens com deficiência, incapacidades, em risco de exclusão social, hospitalizadas em longa duração e outras necessidades especiais suscetíveis de intervenção.
Para concluir é fundamental que o poder político invista na contratação e formação de profissionais especializados. É também necessário promover a consciencialização e sensibilização da sociedade para a importância da inclusão e da igualdade de oportunidades para todas as crianças e jovens.
Assim, estaremos a construir uma sociedade mais justa e inclusiva para todos.

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