A propaganda socialista está em marcha e já ninguém a trava. O Partido Socialista é assim. Está-lhe no sangue. Há todo um padrão comportamental, muito claro: Sempre que vê algum dos seus ser apanhado nas malhas da justiça, usa todos os meios que tem ao seu dispor – e são muitos – para descredibilizar toda a investigação e atacar o Ministério Público.
Foi assim no processo de pedofilia da Casa Pia. Quando começaram a surgir suspeitas graves sobre várias figuras cimeiras do PS, o partido uniu-se para apelidar essas suspeitas de ‘cabala’ e movimentou-se para pressionar a justiça. As escutas telefónicas que andam pelo Youtube entre Ferro Rodrigues, na altura secretário-geral do partido, António Costa, então líder parlamentar e Paulo Pedroso, não deixam dúvidas quanto às pressões exercidas sobre procuradores e polícias e quanto a um enredo de altas figuras do Estado ao serviço dos socialistas.
Foi assim também com José Sócrates. Quando começaram a surgir as primeiras suspeitas a propósito do caso Freeport, Augusto Santos Silva e Pedro Silva Pereira deram o mote à teoria da ‘cabala’ contra o ex- -primeiro-ministro, e nisto foram seguidos por outros tan- tos socialistas que preferiam atacar o Ministério Público, sem nunca ousar criticar ou pedir mais explicações ao seu muito querido líder Sócrates.
E é assim que vemos as eminências socialistas alinharem novamente pela teoria da ‘cabala’ atacando a justiça e os seus agentes, perante as investigações e suspeitas sobre António Costa e membros do seu Governo. Augusto Santos Silva, que é a segunda figura do Estado, permite-se dar um prazo ao Supremo Tribunal de Justiça para que conclua as investigações sobre o primeiro-ministro antes da data das eleições legislativas, sugerindo um tratamento diferenciado para este caso e esquecendo os portugueses comuns que esperam anos a fio para que se faça justiça.
Para o Partido Socialista, quando um dos seus maiores é investigado tudo não passa de uma ‘cabala’ e urge combater de imediato a justiça, afirmando, ou melhor, mandando outros afirmar que o Ministério Público só faz trapalhadas e não merece qualquer crédito. É que “Quem se mete com o PS, leva!”.