Embaixador israelita na ONU rejeita cessar-fogo permanente em Gaza

Israel opôs-se hoje a um cessar-fogo permanente em Gaza, argumentando que servirá apenas para sustentar o “reinado de terror do Hamas”, nas palavras do seu embaixador nas Nações Unidas (ONU), Gilad Erdan.

© Facebook de Eli Cohen

Numa nova sessão do Conselho de Segurança dedicada à guerra de Gaza, e na presença de vários ministros dos Negócios Estrangeiros árabes, além do chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi – todos eles a favor de um cessar-fogo permanente -, Erdan argumentou que “pedir um cessar-fogo e a paz é um paradoxo”.

“Quem apoia um cessar-fogo está basicamente a apoiar a continuação do reinado de terror do Hamas em Gaza”, avaliou o diplomata.

Num momento em que está em negociação precisamente a extensão da trégua com o Hamas, primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, alertou hoje que Israel regressará à guerra quando terminar a atual fase de libertação de reféns na Faixa de Gaza, uma vez que “não há forma” de parar a sua ofensiva militar no enclave.

Apesar das suas palavras sobre o cessar-fogo, o embaixador Erdan afirmou que “os valores de Israel para preservar a vida (humana) podem ser vistos no terreno neste momento em Gaza”.

“Israel demonstrou uma clara vontade de trabalhar com qualquer organização internacional para melhorar a situação”, defendeu.

No entanto, lamentou que a ONU tivesse preferido “cooptar aqueles que não têm interesse real numa solução” e acusou novamente a organização de “transformar cada uma das suas agências numa arma contra Israel”.

Momentos antes, o secretário-geral da ONU, António Guterres, havia denunciado uma “catástrofe humanitária épica” em curso em Gaza e salientou que o nível de ajuda que entra no enclave continua “completamente inadequado”.

O líder da ONU observou ainda que estão a decorrer negociações intensas para prolongar as tréguas em Gaza, movimento que “saudou vivamente”, mas reiterou os apelos por um “verdadeiro cessar-fogo humanitário”.

Últimas do Mundo

A proprietária do Daily Mail, DMGT, assinou um acordo com o grupo Redbird IMI para adquirir o jornal britânico Telegraph por 500 milhões de libras esterlinas (cerca de 569 milhões de euros), anunciou hoje a editora em comunicado.
O ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro foi hoje preso preventivamente a pedido do Supremo Tribunal Federal, segundo a imprensa local.
A União Europeia admite que a conferência da ONU sobre alterações climáticas termine “sem acordo” por considerar que a proposta hoje apresentada pela presidência brasileira da COP30 é inaceitável.
A Comissão Europeia exigiu hoje ao Governo de Portugal que aplique corretamente uma diretiva que diz respeito aos requisitos mínimos de energia nos produtos que são colocados à venda.
Um número indeterminado de alunos foi raptado de uma escola católica no centro da Nigéria, anunciou hoje um responsável local, assinalando o segundo rapto deste tipo no país numa semana.
Sheikh Hasina, outrora a mulher mais poderosa do Bangladesh, cai agora como carrasco nacional: um tribunal condenou-a à morte por orquestrar a carnificina que matou 1.400 manifestantes e feriu 25 mil.
A violência contra cristãos disparou em 2024, com mais de 2.200 ataques que vão de igrejas incendiadas a fiéis assassinados, revelando uma Europa cada vez mais vulnerável ao extremismo e ao ódio religioso. Alemanha, França, Espanha e Reino Unido lideram a lista negra da cristianofobia.
O procurador-geral de Espanha, Álvaro García Ortiz, foi esta quinta-feira, 20 de novembro, condenado pelo Tribunal Supremo do país por um delito de revelação de informações pessoais e em segredo de justiça através do reenvio de um 'e-mail' a jornalistas.
O crescimento económico na OCDE desacelerou para 0,2% no terceiro trimestre, menos duas décimas que no segundo, com uma evolução diferente entre os países membros e uma queda significativa da atividade do Japão.
Cerca de mil pessoas, incluindo mais de 130 alpinistas, foram hoje retiradas das proximidades do vulcão Semeru, na ilha de Java, que entrou em erupção na quarta-feira, disseram as autoridade indonésias.