Diretor da Judiciária diz ter meios para resolver corrupção e crimes económicos

O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) considerou hoje ser “absolutamente fantástico” terem sido recrutados 500 novos inspetores e 150 peritos desde 2018, admitindo que será possível resolver definitivamente a questão da corrupção e criminalidade económico-financeira.

©facebook.com/pjudiciaria

“De 2018 até fevereiro próximo capacitámos mais de 500 novos inspetores novos para a instituição. Isto é absolutamente fantástico”, declarou Luís Neves, durante a cerimónia das comemorações do Dia Internacional Contra a Corrupção, que decorreu hoje na Póvoa de Varzim, no distrito do Porto.

Segundo o diretor nacional da PJ, estes novos elementos vão permitir àquela polícia “resolver a questão do combate à corrupção e à criminalidade económico financeira associada definitivamente”, porque antes disso, a PJ tinha pessoas que entravam, de cinco em cinco anos, e queriam ir para as suas terras, o que “dificultava o conhecimento e experiencia”.

“Hoje, com os meios que estamos a receber, permite que os profissionais se fixem, ali sejam ensinados com a cultura organizacional dos mais velhos, ali ganhem experiência, ali não queiram fugir, porque vão entrar em burnout, porque era ao que se passava”.

Durante um discurso de 40 minutos, no Auditório Municipal da Póvoa de Varzim, Luís Neves acrescentou que durante 11 anos a PJ não havia recrutado um único perito.

“Neste momento [desde 2018] já recrutámos 150 peritos e nos próximos cinco anos temos autorização, por uma portaria, para recrutarmos todos os anos mais 50 peritos”, disse, referindo que “quase em 80 anos de história nunca a Polícia Judiciária havia recrutado um perito para as áreas de informação que são “essenciais à compreensão e à análise do trabalho” e neste momento recrutaram “16 peritos” nessa área.

Luís Neves sublinhou que o trabalho da Polícia Judiciária é um trabalho em “prol dos Direitos Humanos” e que serve para contribuir para um Portugal “mais igualitário, mais justo”, em que todo o cidadão seja tratado de “forma igual, que tenha as mesas oportunidades”.

“Estou muito otimista. Hoje o fator motivacional da instituição não é de derrota, não é de descrença, como foi de alguns anos, não é perguntarem quando é que nós acabamos, quando é que nós iremos ser incorporados. Esqueçam lá isso. Hoje estamos mais fortalecidos, estamos mais bem preparados, procuramos o conhecimento, procuramos a academia, procuramos os outros parceiros”

O diretor nacional da PJ afirmou que embora a PJ esteja mais “fortalecida”, vai continuar a ser “humilde e modesta na mesma”.

“A Polícia Judiciária, o seu fortalecimento, o seu empoderamento não é nada contra ninguém. É apoiar efetivamente o Ministério Público, é termos a honra de trabalhar com os nossos parceiros e apresentar um resultado à sociedade. É isso que nos move. É sobretudo servir. Fortalecer um país, para termos um país mais equilibrado, mais justo, em que as pessoas tenham orgulho naquilo que fazem”.

Luís Neves destacou que a Polícia Judiciária não é Lisboa.

“A PJ é desde Vila Real até às regiões autónomas, onde as condições de trabalho eram deficitárias. Por isso quando nos imputavam, e ainda nos imputam, que tínhamos trabalho atrasado”, Luis Neves remete a responsabilidade desses atrasos “à política”, mas nunca à PJ.

O responsável pela Judiciária afirmou que a instituição tem de “sair da caverna” e continuar o seu caminho.

“Temos de sair da caverna, porque hoje temos capacidade, temos meios, é esse o nosso caminho, é formar a nossa gente. É ombrearmo-nos com os melhores, quando estão da outra parte e é sempre o apoio efetivo ao Ministério Público. Não da palavra da coadjuvação, que isso é um saco muito grande, mas no apoio sério, com conhecimento, atempado, célere, interveniente, é isso que pretendemos”.

Últimas do País

A operação de Natal da PSP e GNR registou 15 vítimas mortais e 1.444 feridos, dos quais 89 em estado grave, na sequência de 4.847 acidentes de viação ocorridos entre 18 e 26 de dezembro.
Os distritos de Guarda e Castelo Branco vão estar sob aviso amarelo durante a noite devido à queda de neve, enquanto Faro tem o mesmo alerta para a tarde de hoje, mas devido à previsão de forte precipitação.
A Urgência Pediátrica do hospital de Évora está hoje a funcionar com equipa incompleta, o que pode provocar "tempos de espera mais elevados" para doentes sem referenciação, divulgou a Unidade Local de Saúde do Alentejo Central (ULSAC).
Cerca de 6.200 vítimas de violência doméstica têm atualmente teleassistência, conhecida como 'botão de pânico', indicou a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), que em 2026 assume a responsabilidade plena pelo sistema.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou hoje sob aviso amarelo as nove ilhas dos Açores devido à previsão de "precipitação por vezes forte" a partir da madrugada.
Os serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia encontram-se hoje encerrados nos hospitais de Portimão, do Barreiro e de Abrantes, de acordo com a informação divulgada no portal do Serviço Nacional de Saúde às 08h30.
Os doentes classificados como urgentes no hospital Amadora-Sintra enfrentam hoje tempos de espera de quase 12 horas para a primeira observação nas urgências gerais, segundo dados do portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A covid-19 e o recenseamento automático dos portugueses no estrangeiro desenvolvem para aumentar a taxa de abstenção nas eleições presidenciais, com 60,76% dos candidatos a não votarem em 2021, ano da reeleição de Marcelo Rebelo de Sousa.
Os sindicatos representativos dos trabalhadores da SPdH/Menzies, antiga Groundforce, desconvocaram a greve marcada para 31 de dezembro e 01 de janeiro, após assinatura de acordos com os acionistas da empresa, validados pelo Governo.
As livrarias portuguesas já se podem candidatar à segunda edição do cheque-livro e os jovens nascidos em 2007 ou 2008 poderão levantar o seu ‘voucher’ de 30 euros a partir de 02 de janeiro, anunciou hoje o governo.