Síndroma de Estocolmo

Se alguém me dissesse que um povo da Europa democrática, tendo alternativa, aceita resignado há 50 anos, ser destratado pelos partidos, até aqui do “arco da governação”, só acreditaria por viver entre ele!

Três bancas rotas, a maior carga fiscal de sempre, caos na Saúde, Habitação, Justiça, índice de pobreza ao rubro, índice de qualidade da democracia em queda, imigração descontrolada, segurança comprometida pela incapacidade induzida pelos políticos às Forças de Segurança, Separação de Poderes dia após dia mais posta em causa, níveis de corrupção a raiar o impossível, cada vez mais políticos, governantes ou não, sob suspeitas diversas, alguns indiciados por crimes ou arguidos em processos judiciais, entre tantos problemas.

Toda esta desgraça que se abateu sobre Portugal e o seu povo, levada a cabo por actores dos partidos desse dito “arco de governação” que tem alternado no Poder. Quatorze membros do Governo de maioria, demitiram-se envoltos em diversas polémicas, antes desse mesmo Governo desmoronar pela demissão do Primeiro-Ministro, também ele alegadamente alvo de investigações; o líder do até aqui maior partido da oposição, com alegadas suspeitas que envolvem a sua “modesta” moradia de 6 andares, imagine-se, isenta de IMI pela Câmara de Espinho; o processo Tutti Frutti, aparentemente transversal a estes partidos.

Como se não bastasse, ficou-se a saber esta semana pelo “Diário de Notícias”, de alegadas ligações entre dirigentes do PSD e pessoas detidas por suspeita de tráfico de droga, no cumprimento de um mandado europeu, aparentemente, pelo menos parte destes, militantes do partido.

Perante tudo isto, os portugueses continuam a votar nos mesmos, ou simplesmente a não votar numa alternativa que possa traçar um novo rumo a Portugal, apavorados com as sombras e os medos que os próprios partidos do Sistema lhes incutem, de modo a se perpetuarem no poder.

Será isto uma nova forma do conhecido “Síndroma de Estocolmo” à portuguesa?…

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