Pedro Nuno Santos foi “duplamente desonesto” sobre entendimentos do PSD com o CHEGA

O líder do PSD considerou hoje duplamente desonestas as declarações do novo secretário-geral do PS sobre um entendimento entre os sociais-democratas e o CHEGA, garantindo que vai cumprir a sua palavra nesta matéria.

© Facebook/PSD

“Se Pedro Nuno Santos não está habituado a ter posições sérias e consequentes, não é um problema meu. Eu estou e eu já disse o que é que pensava e nem sequer preciso de repetir e vou cumprir a minha palavra”, afirmou Luís Montenegro aos jornalistas em Aveiro.

Na terça-feira, no jantar de Natal do grupo parlamentar socialista, Pedro Nuno Santos considerou que as declarações do ex-presidente social-democrata Pedro Passos Coelho pretenderam “defender um entendimento do PSD com o CHEGA” na sequência das eleições antecipadas de 10 de março.

Para o secretário-geral do PS recentemente eleito, o antigo primeiro-ministro social-democrata “apenas veio dizer aquilo que o líder do PSD também quer, mas não consegue assumir”.

“O líder do PSD, que não consegue assumir ao que vem e o que quer fazer caso não consiga condições para governar, é um líder do PSD que também não consegue decidir”, acusou Pedro Nuno Santos.

Questionado hoje sobre essas declarações, Luís Montenegro acusou Pedro Nuno Santos de ter sido “duplamente desonesto”, alegando que nem Pedro Passos Coelho defendeu um entendimento com o CHEGA, nem a sua posição “é suscetível de ser colocada em dúvida”.

“O que eu acho é que há cidadãos a precisar de resposta para poderem ter acesso à habitação e jovens casais que querem ter acesso às creches. Há portugueses que querem ter acesso aos serviços de saúde. Isso é o que eu acho que é o mais importante”, salientou o presidente social-democrata.

A “tentativa da chamada esquerda política portuguesa de tentar deturpar as palavras dos oponentes políticos é um esforço que não resolve nada”, salientou ainda Luís Montenegro, ao garantir que se recusa a contribuir para isso.

Últimas de Política Nacional

O partido CHEGA vai realizar uma manifestação “contra o travão à Lei de Estrangeiros” no próximo dia 6 de setembro, pelas 15h00, com início no Centro de Congressos de Lisboa e término no Palácio de Belém. A iniciativa tinha sido inicialmente marcada para 24 de agosto, mas foi adiada em solidariedade com as vítimas dos incêndios que devastaram o país.
O CHEGA afirmou hoje que o Governo pretende adiar para outubro a aprovação final da revisão da lei da nacionalidade, dando prioridade ao processo para sanar as inconstitucionalidades apontadas pelo Tribunal Constitucional na lei de estrangeiros.
A Câmara Municipal da Amadora, presidida pelo socialista Vítor Ferreira, adjudicou, por ajuste direto, uma obra de cimento de oito toneladas para celebrar Mário Soares ao artista urbano Alexandre Farto, conhecido como Vhils, pelo valor de 246 mil euros. A obra terá 2,5 metros de altura e cinco de comprimento, e será instalada na Praça da Liberdade, segundo revelou o jornal PÁGINA UM.
O Governo começa hoje a receber os partidos com assento parlamentar para discutir o Orçamento do Estado para 2026, o conflito no Médio Oriente, a lei da nacionalidade e dos estrangeiros e a criação de novas freguesias.
O CHEGA propõe aumentar as penas para quem for condenado por atear fogos florestais, prevendo a possibilidade de aplicação da pena máxima prevista no sistema português e a sua equiparação a terrorista.
A Câmara da Lousã aprovou hoje uma proposta de isenção de faturas de água para os cidadãos, empresas e coletividades com consumos extraordinários face ao combate ao incêndio que afetou aquele concelho.
O CHEGA vai questionar o primeiro-ministro e a Entidade para a Transparência, através do parlamento, sobre a oposição de Luís Montenegro ao acesso público de informação sobre imóveis que declarou, anunciou hoje o líder.
O líder do partido CHEGA, André Ventura, disse ontem que quer um Orçamento do Estado para 2026 que “reflita uma mudança de espírito de política de habitação” e propôs algumas medidas.
Vários partidos do sistema, nomeadamente o PS e o VOLT, estão empenhados em tentar impedir a presença do CHEGA nas próximas eleições autárquicas.
O Chega quer proibir a exploração económica das áreas ardidas durante 10 anos e a venda de madeira queimada, aumentar as penas para os incendiários e a criação de um fundo de apoio às famílias dos bombeiros.