Israel afirma ter eliminado comandantes do Hamas em operações seletivas

O exército israelita declarou hoje que o reforço das suas unidades em Khan Yunis permitiu eliminar comandantes do Hamas através de bombardeamentos seletivos e outras operações nesta cidade do sul de Gaza, considerada um bastião do grupo islamita.

©Facebook Israel Reports

O exército, num comunicado, sublinhou que uma das suas divisões matou um número significativo de alegados membros do Hamas em combates em espaços fechados, destruiu o acesso a dezenas de túneis utilizados pelo movimento islamita palestiniano e descobriu “material significativo dos serviços de informação que contribuíram para aumentar a eficácia da operação”.

As forças israelitas intensificaram as suas operações em Khan Yunis esta semana, reforçando a sua artilharia com aviação, blindados e infantaria, segundo o comunicado.

As operações seguem um “plano preciso”, que inclui o uso de mísseis de precisão, para atacar “centenas” de alvos com apoio dos serviços de informação israelitas, detalhou a nota.

Os bombardeamentos eliminaram comandantes de unidades do Hamas, como a sua força de elite, Nukhba, a responsável pelas operações com ‘drones’ ou a força dedicada ao trabalho de observação, segundo o exército israelita.

Um avião de combate também atacou supostos membros do Hamas que instalavam explosivos contra as tropas israelitas.

Também no sul de Gaza, as forças israelitas encontraram um morteiro carregado apontado a Israel e uma bazuca pronta para lançar projéteis, entre numerosas armas do Hamas, segundo a mesma fonte.

Estas operações permitiram também encontrar documentação do grupo islamita palestiniano, como um pagamento de mais de um milhão de dólares para produzir cimento e portas, supostamente para instalações como túneis.

Vários altos responsáveis dos EUA que visitaram recentemente Israel levantaram a necessidade de a ofensiva militar israelita em Gaza ter alvos seletivos, como os líderes do Hamas, para reduzir o número de mortes de civis.

A ofensiva que começou no norte do enclave e depois se expandiu para áreas no sul, como Khan Yunis, onde Israel acredita que o líder do Hamas em Gaza – Yahya Sinwar – esteja escondido, dirige-se agora também para o centro do enclave.

O exército informou que nas suas operações no centro de Gaza destruiu num bombardeamento locais de lançamento de projéteis de longo alcance a partir dos quais Israel foi atacado esta semana e um armazém com inúmeras armas na área de Juhor ad-Dik.

A ofensiva também continua no norte, onde as operações de informação das forças israelitas dizem ter encontrado uma grande quantidade de armas e mapas utilizados pelo Hamas numa escola do campo de refugiados de Shat.

Israel acusa repetidamente o Hamas de usar instalações civis, como escolas e hospitais, para armazenar armas, esconder-se e a partir daí atacar as suas tropas.

A marinha de Israel realizou ataques contra o Hamas na costa do enclave na noite de quinta-feira, em apoio às forças terrestres.

Israel declarou guerra ao Hamas em resposta ao ataque sem precedentes levado a cabo em 07 de outubro pelo movimento palestiniano no seu território, que provocou cerca de 1.140 mortos, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada nos últimos números oficiais israelitas.

De acordo com o movimento islamista palestiniano, no poder em Gaza desde 2007, as operações militares israelitas no pequeno território sitiado provocaram pelo menos20.000 mortos.

Últimas do Mundo

Um homem foi morto de madrugada num novo tiroteio ligado ao tráfico de droga no município de Anderlecht, em Bruxelas, na Bélgica, disse o presidente da câmara local, Fabrice Cumps, à rádio pública RTBF.
O Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas realiza hoje uma reunião de emergência para analisar a crise no leste da República Democrática do Congo (RDCongo) e o seu impacto nos direitos humanos.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu hoje um novo sistema de controlo de tráfego aéreo, numa resposta à colisão entre um avião e um helicóptero em Washington, na semana passada, que matou 67 pessoas.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) indicou hoje que as negociações com o Governo da Argentina para um novo programa de assistência prosseguem "de forma construtiva e frequente".
Uma nova série de terramotos atingiu a ilha grega de Santorini entre a noite de quarta-feira e hoje, um deles com magnitude superior a 5,0 na escala de Richter, disseram as autoridades locais.
Várias armas foram encontradas no centro de educação para adultos em Örebro, no centro da Suécia, onde um homem matou 10 pessoas na terça-feira, disse hoje um porta-voz da polícia à agência de notícias France Presse (AFP).
Um novo tiroteio ligado ao tráfico de droga, esta madrugada, em Bruxelas, elevou para três os eventos com armas de fogo em 24 horas na capital europeia, disse esta quinta-feira o Ministério Público do país.
Cinco reféns libertadas pelo movimento islamita palestiniano Hamas no âmbito do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza saíram hoje do hospital, após receberem alta médica.
A Venezuela tem 54 cidadãos estrangeiros detidos por motivos políticos, entre eles três cidadãos portugueses com dupla nacionalidade, denunciou hoje a organização não-governamental (ONG) Foro Penal (FP).
A Casa Branca assegurou hoje que o grupo de migrantes que foi enviado na véspera para a base naval de Guantánamo, em Cuba, é composto por alegados "membros" do grupo criminoso venezuelano 'Tren de Arágua'.