Telavive nega prorrogação e novos vistos a funcionários da ONU

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita afirmou hoje que deu instruções aos funcionários do seu ministério para recusarem a prorrogação dos vistos e recusarem novos pedidos de visto a funcionários das Nações Unidas (ONU), noticiou a EFE.

© Facebook de Eli Cohen

A decisão de Eli Cohen é motivada pela insatisfação com a atitude da ONU durante a guerra em Gaza, entre Israel e o movimento islâmico Hamas.

“A conduta da ONU desde 7 de outubro é uma vergonha para a organizaçao e para a comunidade internacional, a começar pelo Secretário-Geral [António Guterres], que legitimou crimes de guerra e crimes contra a humanidade, passando pelo Alto Comissário para os Direitos Humanos, que publica calúnias de sangue sem fundamento”, afirmou Eli Cohen numa mensagem na sua conta da rede social X (antigo Twitter).

António Guterres referiu-se à Faixa de Gaza como “o inferno na terra”, mergulhada numa catástrofe humanitária devido à ofensiva israelita, e condenou o elevado número de vítimas civis – mais de 20.600 em 80 dias.

Guterres chegou a invocar o artigo 99 da Carta das Nações Unidas, que insta o Conselho de Segurança a atuar para travar uma ofensiva militar, como a de Gaza, o que não conseguiu face ao veto dos Estados Unidos.

A Assembleia Geral da ONU aprovou várias resoluções que apelam a um cessar-fogo, embora Israel tenha rejeitado todas as iniciativas e critique as Nações Unidas por não condenar o “terrorismo” do Hamas.

Cohen também criticou a ONU Mulheres por ter ignorado durante dois meses “atos de violação contra mulheres israelitas” no ataque do Hamas em 07 de outubro, para os quais não foram apresentadas provas conclusivas.

Em retaliação às acções da ONU, Israel já retirou o visto à coordenadora humanitária da ONU em Jerusalém, Lynn Hastings.

“Deixaremos de trabalhar com aqueles que cooperam com a propaganda da organização terrorista Hamas”, escreveu Cohen no Twitter.

Últimas do Mundo

Perante o colapso do sistema de asilo, o Governo britânico avançou com um método relâmpago: milhares de pedidos estão a ser aprovados sem entrevistas, apenas com base num questionário escrito. A oposição acusa Londres de “escancarar as portas” à imigração.
A cidade alemã de Salzgitter vai obrigar requerentes de asilo aptos para trabalhar a aceitar tarefas comunitárias, sob pena de cortes nas prestações sociais.
O homem que enganou Espanha, desviou dinheiro público e fugiu à Justiça acabou capturado em Olhão. Natalio Grueso, condenado por um esquema milionário de peculato e falsificação, vivia discretamente no Algarve desde que desapareceu em 2023.
O voo MH370 desapareceu a 8 de março de 2014 quando voava de Kuala Lumpur para Pequim com 239 pessoas a bordo, incluindo 227 passageiros - a maioria dos quais chineses - e 12 membros da tripulação.
A Comissão Europeia abriu hoje uma investigação à gigante tecnológica Google por suspeitar de violação da lei da União Europeia (UE), que proíbe abuso de posição dominante, ao impor "condições injustas" nos conteúdos de inteligência artificial (IA).
A tecnológica Meta anunciou a aquisição da empresa norte-americana Limitless, criadora de um pendente conectado, capaz de gravar e resumir conversas com recurso à inteligência artificial (IA).
Ministério Público holandês está a pedir penas que podem chegar aos 25 anos de prisão para um pai e dois filhos acusados de assassinarem Ryan Al Najjar, uma jovem síria de 18 anos que, segundo a acusação, foi morta por se recusar a seguir as regras tradicionais impostas pela própria família.
Cada vez mais portugueses procuram a Arábia Saudita, onde a comunidade ainda é pequena, mas que está a crescer cerca de 25% todos os anos, disse à Lusa o embaixador português em Riade.
O Papa rezou hoje no local onde ocorreu a explosão no porto de Beirute em 2020, que se tornou um símbolo da disfunção e da impunidade no Líbano, no último dia da sua primeira viagem ao estrangeiro.
Pelo menos 30 pessoas foram sequestradas em três ataques por homens armados durante o fim de semana no norte da Nigéria, aumentando para mais de 400 os nigerianos sequestrados em quinze dias, foi hoje anunciado.