Navalny diz que está bem após ter sido localizado em penitenciária no Ártico russo

O opositor russo Alexei Navalny, detido numa colónia penitenciária no Ártico russo após ter permanecido com destino desconhecido durante quase três semanas, disse hoje que "está bem".

© Facebook de Alexei Navalny

Numa mensagem publicada no X (ex-Twitter), Alexei Navalny afirma que a viagem foi “cansativa”, mas garante que “está bem”.

“Não se preocupem comigo. Estou bem. Estou aliviado por finalmente estar aqui”, disse.

Alexei Navalny, ativista anticorrupção, oposicionista e crítico do Presidente russo, Vladimir Putin, foi detido em 2021 e posteriormente condenado a uma pena de 19 anos de prisão.

Na segunda-feira, os apoiantes do líder oposicionista russo informaram na rede social X que Alexei Navalny está preso na colónia penitenciária perto da cordilheira dos Urais, no Ártico, depois de quase três semanas sem qualquer contacto com o mundo exterior.

“Encontrámos Navalny. Está na colónia prisional número 3 na cidade de Kharp”, disse Kira Iarmych no X (antigo Twitter), indicando que Navalny “está bem” e que o seu advogado o visitou.

Kharp, uma pequena cidade com uma população de cerca de 5.000 habitantes, situa-se em Yamalo-Nenetsia, uma região remota do norte da Rússia, a norte do Círculo Polar Ártico, e alberga várias colónias penitenciárias.

Acusado de extremismo, segundo a sentença do tribunal, Navalny deve cumprir a sua pena numa colónia de “regime especial”, uma categoria de estabelecimentos onde as condições de detenção são as mais duras e que são normalmente reservadas a presos a cumprir pena de prisão perpétua e aos detidos mais perigosos.

Uma das colónias de “regime especial” situa-se precisamente em Kharp, a colónia número 18, ou “Coruja Polar”.

Os serviços penitenciários russos admitiram, em 15 de dezembro, que Navalny tinha sido transferido da cadeia de Vladimir, onde cumpria pena desde junho de 2022, mas não precisaram o seu novo destino.

Os advogados do opositor, sentenciado a 30 anos de prisão, não tinham contacto com o seu cliente desde 05 de dezembro e os seus colaboradores lançaram a campanha mundial “Onde está Navalny?”.

Em 07 de dezembro, Navalny apelou da cadeia ao voto contra Putin nas eleições de 17 de março próximo.

No sábado, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, manifestou-se preocupado com a falta de informação sobre o paradeiro de Alexei Navalny e exigiu ao Kremlin que o opositor russo fosse libertado o quanto antes.

Na mesma mensagem, Blinken exigiu a “libertação imediata” do opositor russo e que o Governo do Presidente Vladimir Putin deixe de “reprimir as vozes independentes na Rússia”.

Últimas do Mundo

Mais de 50 pessoas morreram devido à passagem do furacão Melissa na região das Caraíbas, principalmente no Haiti e na Jamaica, onde as equipas de resgate esforçam-se por chegar às áreas mais afetadas e isoladas.
O elevado custo de vida e a segurança estão no topo das preocupações de vários jovens portugueses a viver em Nova Iorque, que não poderão votar na eleição para 'mayor', mas que serão afetados pela decisão dos eleitores.
Mais de 527 mil estrangeiros em situação irregular foram expulsos dos EUA desde o início do segundo mandato de Trump, incluindo criminosos perigosos. Entre eles, Bou Khathavong, responsável pelo homicídio de um adolescente em 1994, foi finalmente enviado para o Laos.
O grupo Patriotas pela Europa alerta para a construção da maior mesquita da Europa, a apenas seis quilómetros do Parlamento Europeu, acusando o projeto de visar a imposição da Sharia no continente. O financiamento vem maioritariamente da Turquia e está ligado à organização islamista Millî Görüş.
Inundações provocadas por chuvas recorde no centro do Vietname mataram pelo menos dez pessoas esta semana e deixaram mais de 128 mil casas debaixo de água, anunciaram esta quinta-feira as autoridades vietnamitas.
Os governos de Portugal e Espanha e a Comissão Europeia acordaram um conjunto de ações que vão permitir avançar com a ligação ferroviária entre Lisboa e Madrid até 2030, com viagem de cinco horas, anunciou hoje o Ministério das Infraestruturas.
As autoridades francesas efetuaram cinco novas detenções, incluindo a de um dos principais suspeitos, no âmbito da investigação do assalto ao Museu do Louvre, em Paris, noticiou hoje a rádio RTL.
A previsão é uma queda de 7% nos preços tanto em 2025 como em 2026, impulsionada pelo fraco crescimento económico global, pelo excedente crescente de petróleo e pela incerteza política, de acordo com o Commodity Markets Outlook, divulgado esta quarta-feira.
Um homem foi detido em Espanha após 11 dias nos cuidados intensivos com queimaduras muito graves sofridas quando tentava roubar cabos com cobre de uma subestação de energia.
Cerca de 86% das empresas sofreram pelo menos um ciberataque no ano passado e quase um terço enfrentou cinco ou mais, de acordo com o '2025 Global Cybersecurity Skills Gap Report' da Fortinet hoje divulgado.