China acusa candidato presidencial e atual vice de Taiwan de colocar ilha “à beira da guerra”

O Governo chinês acusou hoje o atual vice-presidente de Taiwan e candidato presidencial do partido no poder, William Lai, de "empurrar" a ilha "para a beira da guerra".

© D.R.

Chen Binhua, porta-voz do Gabinete dos Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado (executivo chinês), fez esta declaração em resposta às recentes observações de Lai, que afirmou que, se for eleito presidente nas eleições de janeiro, as hipóteses de guerra entre os dois lados do Estreito de Formosa são “mínimas”.

“A busca pela ‘independência de Taiwan’ implica guerra”, disse Chen, em conferência de imprensa.

De acordo com o porta-voz, as autoridades do Partido Democrático Progressista (DPP), no poder em Taiwan, “aderem obstinadamente à posição independentista, aumentando as tensões e a situação volátil no Estreito, e empurrando Taiwan para a beira da guerra”.

O porta-voz acrescentou que o princípio “Uma só China” reúne consenso entre a comunidade internacional e que a atitude correta a tomar é opor-se à independência de Taiwan e salvaguardar a paz.

Taiwan realiza eleições presidenciais a 13 de janeiro, cujo resultado definirá o rumo da sua política em relação à China, numa altura de tensões crescentes entre Taipé e Pequim, que reivindica a soberania sobre a ilha.

O candidato do DPP lidera as sondagens, com um apoio estável de cerca de 30%, contra os opositores Kuomintang (Partido Nacionalista) e Partido do Povo de Taiwan (TPP), que inicialmente iam disputar as eleições como uma frente unida, mas não chegaram a acordo sobre o seu candidato presidencial.

As eleições em Taiwan estão também sob a sombra da China, que descreve o DPP como “pró-independência”.

Taipé acusa Pequim de querer interferir no resultado da votação através de pressões militares e económicas.

Últimas de Política Internacional

O Presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou este sábado que as forças armadas dos Estados Unidos atacaram três centros nucleares no Irão, incluindo Fordo, juntando-se diretamente ao esforço de Israel para decapitar o programa nuclear do país.
O Parlamento Europeu (PE) defende a aplicação do plano de ação europeu para as redes elétricas, visando modernizá-las e aumentar a capacidade de transporte, para evitar novos ‘apagões’.
Teerão iniciou, durante a noite de segunda-feira, uma nova vaga de ataques com mísseis contra Israel, tendo sido ativado o alerta de mísseis e aconselhados os moradores de Telavive a procurar abrigo.
A Comissão Europeia exigiu hoje a Portugal e a outros quatro países a concluírem a transposição da diretiva da União Europeia (UE) sobre a água potável, em incumprimento desde 12 janeiro de 2023.
A Comissão Europeia propôs hoje a redução do prazo de licenciamento em projetos de defesa de anos para 60 dias, a redução da carga administrativa e melhor acesso ao financiamento para assim estimular investimentos na União Europeia (UE).
Os líderes do G7 afirmaram o direito de Israel a "defender-se", acusaram o Irão de ser a "principal fonte de instabilidade e de terrorismo na região" e apelaram à "proteção dos civis", segundo uma declaração conjunta.
O Partido Popular de Espanha (direita), que lidera a oposição, voltou hoje a pedir a demissão do primeiro-ministro, devido às suspeitas de corrupção na cúpula socialista, mas rejeitou uma moção de censura ao Governo.
O Tribunal de Contas Europeu (TCE) defende um orçamento da União Europeia (UE) a longo prazo mais simples e flexível para se poder adaptar às “circunstâncias em mudança”, pedindo que, perante nova dívida comum, sejam mitigados os riscos.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmaram no domingo que "este não é o momento para criar incerteza económica" e que devem ser evitadas "medidas protecionistas".
A chefe da diplomacia europeia sublinhou hoje, junto do Governo iraniano, que a UE "sempre foi clara" na posição de que Teerão não deve ter armas nucleares.