A comissária responsável pelas comemorações, Maria Inácia Rezola, lembrou que este tipo de sondagem já foi realizada nos 30 e 40 anos da revolução portuguesa de 1974 e que agora nos 50 anos terá atualizações, “no que diz respeito à perceção do processo de descolonização, um dos temas que só agora começa a ser debatido”.
Portugal manteve durante 13 anos (entre 1961 e 1974) uma guerra pela manutenção das colónias em África (Angola, Moçambique e Guiné Bissau). A descolonização foi um processo complexo, mas constava do programa do Movimento das Forças Armadas, que derrubou o antigo regime ditatorial.
Este estudo de opinião “vai permitir perceber se essa imagem que nós temos que os portugueses estão reconciliados com o seu passado histórico corresponde com a realidade”, adiantou Rezola.
Vai permitir também perceber como é que os portugueses nascidos depois do 25 de Abril “percecionam o que é o 25 de Abril e o que representou para a sua história, para as suas vidas concretas”, disse.
A comissária adiantou que os resultados da sondagem serão apresentados antes do dia 25 de Abril.
Os 50 anos do 25 de Abril estão a ser assinalados desde 2022, ano em que Portugal passou a viver mais tempo em democracia do que em ditadura.
As comemorações vão prolongar-se até 2026, para que se assinalem também os 50 anos da aprovação da Constituição, da formação do I Governo Constitucional, a eleição do Presidente da República, a realização de eleições regionais nos Açores e na Madeira e das autárquicas.