Comissário europeu defende programa pós-PRR para atrair investimento privado na UE

O comissário europeu da Economia defendeu hoje a criação de um programa pan-europeu, baseado em garantias do orçamento comunitário, para impulsionar o investimento privado na União Europeia (UE) pós-2027, depois dos Planos de Recuperação e Resiliência (PRR).

© Facebook de Paolo Gentiloni

 

“Instrumentos como o InvestEU e o Mecanismo de Recuperação e Resiliência [que financia os PRR] estão a dar um contributo significativo para colmatar essa lacuna de investimento” e é por isso que, olhando para além de 2027, acredito que há fortes argumentos a favor de outro programa pan-europeu baseado numa garantia orçamental para mobilizar investimentos privados em áreas estratégicas”, defendeu Paolo Gentiloni.

Intervindo num evento de alto nível em Bruxelas, sobre o investimento na UE e centrado no programa InvestEU, o responsável europeu da tutela sublinhou que esse novo programa poderia ser suportado pelas “excelentes relações e nos preciosos conhecimentos especializados do Banco Europeu de Investimento”.

“Os desafios de investimento da Europa não terminarão com a conclusão planeada do Mecanismo de Recuperação e Resiliência em 2026 e do InvestEU em 2027. A mudança do panorama económico e geopolítico obriga-nos a aumentar o investimento em indústrias estratégicas, na segurança energética, na defesa e na reconstrução da Ucrânia”, argumentou Paolo Gentiloni.

Para o responsável italiano, “a reflexão sobre a forma de financiar estas prioridades europeias comuns no âmbito do próximo orçamento plurianual da UE deve começar agora”.

Assente em garantias orçamentais dadas através do orçamento da União, o InvestEU prevê a mobilização de 372 mil milhões de euros em investimentos adicionais entre 2021-27.

Numa altura em que o InvestEU está a meio da sua concretização, 90% dos 26 mil milhões de euros de garantia da UE já foram utilizados e mais de 70% já foram aprovados pelo comité de investimento.

Até ao momento, já foi autorizado o financiamento de mais de 170 projetos de investimento, que mobilizarão um montante estimado em 225 mil milhões de euros de investimentos em domínios vistos como prioritários para o futuro da Europa.

Estima-se que para a UE conseguir alcançar os seus objetivos digitais e ‘verdes’ tenha de realizar um investimento adicional estimado em 650 mil milhões de euros por ano.

Últimas de Economia

A Comissão Europeia autorizou a comercialização de um medicamento para o tratamento da depressão pós-parto, depois de uma avaliação positiva da Agência Europeia do Medicamento (EMA), foi hoje anunciado.
O Tribunal de Contas (TdC) julgou improcedente o recurso da Câmara de Idanha-a-Nova sobre a recusa do visto ao contrato para a criação de um cartão de saúde, porque a aprovação não passou pela assembleia municipal.
Os viticultores do Douro que queiram aceder ao apoio de 50 cêntimos por quilo de uva a destilar têm que submeter as candidaturas até 25 de setembro, segundo uma portaria publicada hoje em Diário da República (DR).
Em causa estava a interpretação do artigo 251.º do Código do Trabalho, que define os dias de ausência a que o trabalhador tem direito em caso de luto: o STEC defendia que o cálculo devia abranger apenas dias úteis, enquanto a CGD sempre contabilizou dias consecutivos de calendário, incluindo fins de semana e feriados.
A agência de notação financeira Fitch subiu esta sexta-feira o 'rating' de Portugal de A- para A, com 'outlook' (perspetiva) estável, anunciou, em comunicado.
O movimento de passageiros nos aeroportos portugueses cresceu 4,9% de janeiro a julho, em relação ao mesmo período do ano passado, mostram dados divulgados hoje pelo INE.
A Autoridade Tributária (AT) devolveu, em 2024, 86 milhões de euros em IVA a turistas oriundos de países terceiros, nomeadamente cidadãos de fora da União Europeia (UE), no âmbito do regime ‘tax-free’.
No relatório "Reformas da Política Fiscal", a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) resume a trajetória das medidas fiscais introduzidas ou anunciadas pelos governos de 86 jurisdições em 2024, olhando para a realidade dos países da organização e de algumas economias "parceiras".
O objetivo destes empréstimos, disse o grupo BEI, é reduzir a fatura de energia e aumentar a competitividade das pequenas e médias empresas (PME).
A agricultura portuguesa pode perder até 510 milhões de euros anuais devido à redução da produtividade e ao aumento de custos, com a decisão de Bruxelas proibir o uso de algumas substâncias ativas, revelou um estudo hoje divulgado.