Em 2022, a associação registou 478 pedidos de apoio devido a cibercrime e outras formas de violência digital, disse à agência Lusa fonte da instituição.
“No ano de 2023, manteve-se o destaque para os crimes de burla e formas de violência associadas à ameaça de partilha de conteúdo íntimo. No caso das burlas registou-se um total de 332 contactos, destacando-se as situações de comércio online e burlas românticas”, referiu a APAV ao divulgar um documento com o qual assinala o Dia da Internet Mais Segura.
Nos casos enquadrados como violência sexual baseada em imagens, a linha registou 184 contactos: “Um total de 99 contactos foram referentes a situações de `sextortion` (forma de violência em que a vítima é coagida a enviar conteúdo íntimo ou quantias em dinheiro, para evitar que a pessoa agressora partilhe imagens íntimas suas)”.
Há ainda contactos referentes a crimes sexuais contra crianças, nomeadamente situações de aliciamento de menores para fins sexuais e pornografia de menores.
A Linha Internet Segura presta apoio em duas vertentes, questões relacionadas com o uso das tecnologias e a vítimas de cibercrime e outras formas de violência digital (helpline) e dispõe de uma plataforma de denúncia de conteúdos ilegais na internet (`hotline`).
“Na vertente da `hotline`, foram registadas no total 791 denúncias, entre as quais 628 relativas a conteúdo de abuso sexual de menores — desde o início da pandemia estas formas de violência são as que mais têm aumentado, quer a nível nacional quer mundial”, destacou a APAV.
Relativamente ao material de abuso sexual de menores online, a maior parte continua a ser “auto-produzido por parte de crianças e jovens”, muitas vezes conseguido através de “manipulação perpetrada por adultos (grooming)”.
A Linha Internet Segura está disponível através do número 800219090 (dias úteis, entre as 08:00 e as 22:00) e do email linhainternetsegura@apav.pt. O apoio é confidencial e gratuito.