CHEGA quer Estado como fiador para jovens comprarem primeira habitação

O CHEGA vai propor que o Estado funcione como fiador para os jovens poderem comprar a sua primeira casa bem como uma simplificação do licenciamento para a construção de novas habitações.

© Folha Nacional

O objetivo é que o Estado assegure uma “garantia dos empréstimos bancários dos jovens para aquisição da primeira casa própria e permanente”, anunciou o líder do CHEGA, defendendo que “para um jovem que não tenha património pessoal ou familiar, ou que não tenha um património obtido por herança, é praticamente impossível garantir a entrada para uma casa”.

André Ventura apresentou hoje, na sede do partido, o programa eleitoral do CHEGA às eleições legislativas, numa intervenção de quase uma hora no final da qual não respondeu às perguntas dos jornalistas. O programa eleitoral também não foi, até ao momento, divulgado.

“O Estado deve fazer o seu papel, com um contrato social de habitação em que será ele próprio o garante da habitação adquirida por estes jovens, com limites quer de rendimento, quer do valor do imóvel”, afirmou, sem especificar esses limites.

A proposta do CHEGA, disse, prevê que estas pessoas devolvam depois “esse valor ao Estado num prazo razoável, com um valor faseado ao longo do tempo”.

Outra proposta anunciada pelo presidente do CHEGA no âmbito da habitação prende-se com um “programa de licenciamento simplificado para a construção de novas” casas.

André Ventura considerou que os “grandes problemas” na construção são o “excesso de impostos e a dificuldade, pelo excesso de burocracia, de obter um licenciamento”.

O presidente do CHEGA anunciou que o partido vai propor que a tributação para os senhorios seja de 10% quando fizerem contratos com alunos do ensino superior como forma de incentivo aos proprietários.

O CHEGA propõe uma recuperação faseada do tempo de serviço dos professores em “25% em cada ano ao longo dos próximos quatro anos”, o que representa um esforço “significativo”.

Na educação, Ventura defendeu a “redução dos currículos e horários escolares” e a reintrodução dos exames nacionais “no final dos três ciclos do ensino básico e no ensino secundário”.

O líder do CHEGA voltou também a falar na proposta já conhecida de querer equiparar as pensões mínimas ao valor do salário mínimo nacional em seis anos e explicou que quer fazê-lo de forma faseada.

“Primeiro, ao fim de três anos, uma aproximação do valor da pensão mínima com o do Indexante dos Apoios Sociais, e que ao fim de seis anos, este valor esteja então equipado ao salário mínimo”, afirmou.

Ventura estimou o custo da medida “entre sete e nove mil milhões de euros” e representa um “aumento da despesa face ao PIB de cerca de 7%” em seis anos, indicando que “é a proposta mais cara e com potencial mais disruptivo” do programa eleitoral do CHEGA.

E explicou que representa “aumento de cerca de 1,3% todos os anos em despesa face ao PIB”, argumentando que “é perfeitamente possível, fazível e deve ser um desígnio nacional”.

O presidente do CHEGA disse também que o partido quer “verdadeiros incentivos fiscais” para quem tem filhos “e proteger as mulheres na sua situação laboral, pessoal e fiscal”, por forma a promover a natalidade, mas não adiantou propostas concentras.

No que toca às Forças Armadas, indicou que o programa do CHEGA prevê que o investimento na Defesa chegue aos 2% do PIB no final da legislatura.

André Ventura indicou ainda que o CHEGA “não vai perder a sua identidade” e que o programa eleitoral vai manter propostas como a prisão perpétua para “quem cometer crimes hediondos”, a reforma do sistema político e a redução do número de deputados, propostas que só podem avançar com uma revisão constitucional, que o líder assinalou que também é intenção do partido voltar a propor na Assembleia da República.

 

Últimas de Política Nacional

O partido CHEGA, liderado por André Ventura, tem-se destacado nas sondagens online, posicionando-se como um dos principais favoritos nas eleições legislativas de 18 de maio de 2025. Em particular, uma sondagem interativa realizada pela plataforma PollFM que até à data revela que o CHEGA lidera com 44,4% das intenções de voto, superando a Aliança Democrática (AD), que obtém 31,7%, e o Partido Socialista (PS), com 11,82%.
Mais de 314 mil eleitores dos 333.347 inscritos para o voto antecipado exerceram o seu direito no domingo, correspondendo a uma afluência de 94,45%, segundo o balanço enviado à Lusa pela secretaria-geral do Ministério da Administração Interna.
De acordo com a sondagem mais recente da Aximage, realizada para o Folha Nacional, se as legislativas se realizassem agora, o CHEGA alcançaria 20% das intenções de voto, ou seja, ultrapassaria o valor que obteve nas eleições de março 2024 (18%).
O presidente do CHEGA, André Ventura, abandonou hoje pelas 09:44 o hospital de Faro, onze horas depois de te dado entrada naquela unidade hospitalar, na sequência de se ter sentido mal enquanto discursava num jantar comício em Tavira.
O líder do CHEGA considerou hoje que a vitória da AD – Coligação PSD/CDS-PP nas legislativas de domingo “é uma possibilidade em cima da mesa” e antecipou que os eleitores darão uma “maioria absolutíssima” à direita, com o seu partido.
O presidente do CHEGA, André Ventura, voltou hoje a dizer que espera que os eleitores deem "um cartão vermelho" aos partidos que sustentam o Governo, e defendeu que os portugueses "querem uma mudança".
O Presidente do CHEGA disse hoje que tem recebido denúncias de que os boletins de voto não estão a chegar aos portugueses que votam no estrangeiro e pediu à Comissão Nacional de Eleições (CNE) que esclareça esta questão.
O presidente do CHEGA, André Ventura, condenou hoje o incidente em que o líder da IL foi atingido com pó verde e considerou que quem o fez prestou "um péssimo serviço à democracia".
O presidente do CHEGA, André Ventura, agradeceu hoje aos polícias que têm acompanhado as ações de rua do partido no âmbito da campanha eleitoral às legislativas de 18 de maio.
O líder do CHEGA chegou hoje ao almoço-comício em Castelo Branco de mota, no lugar do pendura, afirmou que o partido quer vencer as eleições de dia 18 e conduzir os destinos do país.