Eutanásia: ao que vem a direita?

Apresentados os programas eleitorais dos diferentes partidos com assento parlamentar, o CHEGA é o único que se afirma claramente contra a eutanásia. No ponto 107 do seu programa propõe-se a revogação desta lei, aprovada no ano passado com votos favoráveis do PS, de toda a extrema-esquerda, da Iniciativa Liberal, do PAN e de alguns deputados do PSD.

Ora, seria espectável que um tema civilizacional e de tão elevada importância, que põe em causa o respeito pela vida humana, fosse abordado por todos os partidos políticos, e que no caso da Aliança Democrática, ainda mais ao incluir o CDS na sua coligação, se pudesse encontrar uma posição clara quanto a este assunto. Mas não foi isso que aconteceu. 

Luís Montenegro não expressou, ao que se saiba, a respetiva posição individual, sendo, num primeiro momento, a favor do referendo – apesar de não dizer se vota sim ou não – e dizendo agora que aguarda pelo Acórdão do Tribunal Constitucional relativamente ao pedido de fiscalização sucessiva da lei. Ficamos, portanto, sem saber se a AD pretende revogar a lei, se a regulamenta ou se propõe um referendo.

Tendo em conta que a posição do Tribunal Constitucional pode demorar anos, e que o processo nesse tribunal não suspende a lei, o futuro governo, qualquer que seja a sua composição, terá que regulamentar a lei, se e enquanto ela não for revogada ou alterada. 

É verdade que, politicamente, o futuro executivo é livre de escolher o momento em que o fará, mas seria de uma grande cobardia política e falta de transparência não assumir, diretamente, o que faz enquanto o Tribunal Constitucional não decide.

Ao mesmo tempo, quem não diz que vem em matérias tão fundamentais como é o caso da eutanásia, não pode merecer a confiança dos eleitores que defendem a vida humana, sendo o silêncio e o oportunismo político nesta matéria, também ele, uma grave omissão e cobardia. 

A esquerda, e uma certa direita, fazem do descarte a sua política social. O CHEGA, como partido conservador, não deixa ninguém para trás.

Editoriais do mesmo Autor

A vitória de Trump é, antes de mais, a vitória de um lutador, que mostrou ao mundo que a extrema-esquerda globalista não lhe mete medo, e que é possível vencê-los. É uma vitória dos valores conservadores, que vêm na Vida o principal direito humano e um valor absoluto, na família a célula base da sociedade […]

Os bombeiros têm nas suas funções apoiar os cidadãos em situações de grande melindre e aflição. Vemo-los nas situações de incêndios urbanos e rurais, inundações, desencarceramento, substâncias perigosas, transporte de doentes, etc, etc. Tudo situações em que muitos fogem a sete pés! Ora, os Soldados da Paz nunca fogem! Se necessário pagam com a sua vida […]

O PSD já não esconde que as “linhas vermelhas” e o “não é não” só funcionam em relação ao CHEGA, mas só com este, e não com o PS, responsável por três bancarrotas em democracia e episódios lamentáveis de gestão muito duvidosa dos dinheiros públicos. Com esta opção, nomeadamente ao oferecer aos portugueses como solução […]

Decorridos cerca de três meses da entrada em funções do “novo” governo da AD, depois das promessas eleitorais e de os portugueses já terem votado, eis que temos mais do mesmo. O apoio intenso e sem hesitações às pretensões de António Costa para realizar o seu sonho europeu, depois do pesadelo que causou aos portugueses […]

Depois de ter caído o governo socialista, por causas muito mal explicadas por António Costa, e de este ter assumido não ter condições para ser primeiro-ministro – já o sabíamos há muito tempo – agora, já se considera apto e o melhor dos melhores para ser Presidente do Conselho Europeu! E, pasme-se, com o apoio […]