25 organizações pedem intervenção internacional para evitar invasão em Rafah

Vinte e cinco Organizações Não Governamentais (ONG) apelam aos governos de todo o mundo para intervirem e impedirem a deslocação forçada de palestinianos em Gaza perante a perspetiva de uma invasão terrestre em Rafah.

© Facebook Israel Reports

 

Num comunicado publicado hoje, as ONG consideram “alarmantes” as informações sobre os alegados planos de Israel de deslocar definitivamente os palestinianos da Faixa de Gaza para fora daquele território, para a Península do Sinai ou para países terceiros.

Na nota, sublinham que os 1,5 milhões de palestinianos que estão agora em Rafah, no extremo sul de Gaza, onde mais de metade da população se refugiou, não têm para onde ir, uma vez que há bombardeamentos contínuos no resto da faixa.

“Estamos horrorizados com a perspetiva de uma invasão terrestre em Rafah, o que seria absolutamente dramático”, escrevem estas organizações, incluindo a Action Against Hunger, ActionAid, Amnistia Internacional, Handicap International, Doctors of the World ou War Child.

As ONG insistem que as deslocações forçadas, como a de Gaza, constituem “uma violação do direito humanitário internacional”, sublinhando que as ordens israelitas para a “evacuação” de grandes áreas de Gaza levaram à saída de cerca de 85% da população daquele território.

Neste contexto, exigem que os governos de todo o mundo atuem para alcançar um cessar-fogo “imediato, permanente e incondicional” e que Israel cumpra as suas obrigações ao abrigo do direito internacional.

Acima de tudo, que evitem “qualquer iniciativa que possa contribuir para a deslocação forçada, permanente ou prolongado dos palestinianos” e que aqueles que já estão deslocados possam regressar em segurança no final da guerra.

Na segunda-feira, 26 dos 27 países da União Europeia (UE) apelaram para uma “pausa humanitária imediata” na Faixa de Gaza, numa posição inédita do bloco comunitário, que a Hungria não aceitou.

Este pedido significa uma “paragem dos combates” para depois permitir um cessar-fogo duradouro, explicou o alto representante da União para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, durante uma conferência de imprensa, no final de uma reunião de chefes da diplomacia da UE.

Esta é a primeira vez que uma ampla maioria na UE contempla a necessidade de um cessar-fogo em Gaza, uma vez que o consenso a que os líderes europeus conseguiram chegar desde o início da guerra, em outubro, se limitou a apelos a pausas e corredores humanitários.

Últimas do Mundo

A associação de empresas de energia de Espanha (Aelec), que integram EDP, Endesa e Iberdrola, atribuiu hoje o apagão de abril à má gestão do operador da rede elétrica espanhola no controlo de flutuações e sobrecarga de tensão.
As companhias aéreas europeias, americanas e asiáticas suspenderam ou reduziram os voos para o Médio Oriente devido ao conflito entre Israel e o Irão e aos bombardeamentos dos EUA contra este último país.
O comandante chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Oleksandr Sirski, assegurou este domingo que as tropas ucranianas conseguiram travar o avanço russo na região nordeste de Sumi, recuperando a localidade de Andriivka e avançando na zona de Yunakivka.
A Tesla, de Elon Musk, anunciou hoje que assinou um contrato na China para construir a sua primeira fábrica de armazenamento em grande escala para a rede elétrica chinesa.
Um balão de ar quente tripulado incendiou-se e caiu causando a morte de oito das 21 pessoas que transportava, hoje, no estado de Santa Catarina, sul do Brasil, confirmaram as autoridades.
A administração norte-americana para a Alimentação e Medicamentos (FDA) aprovou esta quarta-feira o primeiro tratamento preventivo contra o VIH no país, revelou o fabricante do medicamento, o laboratório farmacêutico Gilead Sciences.
O Ministério Público colombiano anunciou na quinta-feira a detenção de um quarto suspeito, presumivelmente cúmplice da tentativa de assassinato de Miguel Uribe, senador e candidato conservador à presidência da Colômbia, que continua em estado crítico.
O número de mortos nos ataques lançados na terça-feira pelo exército russo contra a capital ucraniana, Kiev, subiu de 10 para 23, segundo as autoridades ucranianas.
A maioria dos trabalhadores utiliza ferramentas de inteligência artificial gratuitas, mas 43% dos portugueses admitem que raramente ou ocasionalmente verificam a exatidão dos resultados, conclui um estudo da KPMG em parceria com a Universidade de Melbourne.
A Comissão Europeia pediu hoje aos Estados-membros da União Europeia (UE) que submetam, até março de 2026, planos nacionais para eliminação gradual das importações de gás russo, visando abandonar os combustíveis fósseis da Rússia até final de 2027.