Ventura diz ter “99% de garantia e certeza” de que direita formará governo se tiver maioria

O líder do CHEGA disse hoje ter “99% de garantia e certeza” de que a direita vai formar governo se tiver maioria e admitiu que o líder do PSD poderá ser afastado, mas manteve o tabu sobre as suas fontes.

© Folha Nacional

“Eu vou repetir estas palavras que são minhas e só a mim me responsabilizam. Se houver maioria parlamentar à direita, eu tenho 99% de garantia e de certeza de que vai haver um governo à direita”, afirmou André Ventura, indicando que ainda hoje ouviu “pessoas do PSD dizer isso” e “não é nada de novo”.

Em declarações aos jornalistas no final de uma arruada em Évora, o presidente do CHEGA disse que “se alguém tiver que sair, será Luís Montenegro”.

Ventura voltou a recusar adiantar quem lhe deu essa garantia, dizendo apenas que na segunda-feira falou “com várias pessoas”, mas não disse quem.

“Tenho 99% de garantia e de certeza que haverá um governo à direita e eu quero deixar, eu não me quero desviar disto um segundo e assumo as minhas palavras, haverá um governo à direita. Podem votar à direita, se alguém tiver que sair não será a direita, será Luís Montenegro”, salientou.

O presidente do PSD tem rejeitado fazer qualquer acordo de governação com o CHEGA após as eleições legislativas de domingo, garantindo que “não é não”. Luís Montenegro disse também que só será primeiro-ministro se vencer as eleições.

“Não vamos estar reféns de Luís Montenegro para ter uma alternativa ao socialismo”, defendeu hoje André Ventura, defendendo que existe “uma hipótese histórica de ter um governo alternativo” e “só um tonto é que não o fará e deixará o PS a governar”.

E insistiu que “se alguém tiver que sair, será Montenegro”, e “não será o CHEGA nem será o PSD”.

Questionado sobre quem tirará o líder do PSD do cargo, indicou que “certamente que aqueles que acreditam que tem que haver um governo à direita o farão”, escusando concretizar.

O líder do CHEGA justificou também ter introduzido este assunto na campanha porque “as pessoas têm agora de decidir”.

“As sondagens mostram que CHEGA e PSD terão maioria, e muito eleitorado pergunta-se assim ‘vale a pena votar na direita, ou vale a pena, para dar estabilidade, votar no PS’? E a garantia que eu lhes estou a dar, e serei responsabilizado por ela, é que haverá uma alternativa à direita. Eu estou a assumir essa garantia e lutarei por ela”, disse.

Últimas de Política Nacional

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou uma reunião do Conselho de Estado para 01 de outubro para analisar a situação económica e financeira internacional e nacional.
O presidente da Assembleia da República recusou o pedido do CHEGA para que a comissão parlamentar ao caso das gémeas aceda às comunicações da Presidência das República, advertindo que o não cumprimento constitui crime de desobediência qualificada.
O Presidente da República explicou esta sexta-feira que não concede audiências sobre propostas de referendo, como a que foi pedida pelo presidente do CHEGA, porque nos termos da Constituição só lhe compete intervir na fase final desses processos.
O Presidente da República afirmou hoje que vai começar a tratar da sucessão da procuradora-geral da República, Lucília Gago, com o primeiro-ministro para a semana, e referiu não saber que método Luís Montenegro pretende adotar nesta matéria.
A maioria dos partidos quer saber se o ex-primeiro-ministro António Costa teve alguma intervenção no caso das gémeas luso-brasileiras tratadas no Hospital de Santa Maria com o medicamento Zolgensma, enquanto o PS decidiu não fazer perguntas.

O atual líder do executivo, Luís Montenegro, rejeitou aquelas que seriam as exigências do CHEGA no que diz respeito ao combate à corrupção e ao controlo da imigração ilegal, preferindo negociar as medidas para o Orçamento do Estado de 2025 (OE25) com o Partido Socialista. Para o CHEGA, medidas de controlo à imigração ilegal e […]

O ministro da Educação, Fernando Alexandre, admitiu hoje que o novo ano letivo vai arrancar com “milhares de alunos sem aulas”, sublinhando que se trata de uma “falha grave” da escola pública que o Governo quer resolver até ao final da legislatura.
O presidente do CHEGA afirmou que o partido está a estudar propor uma nova comissão de inquérito à gestão da TAP, afirmando que "muito passou ao lado" do parlamento no anterior inquérito à gestão da companhia aérea.

Numa altura em que a imigração está a caminho de atingir os 15%, Luís Montenegro decidiu colocar em curso uma megaoperação para acelerar os pedidos que estão pendentes na AIMA. É já no dia 9 de setembro que vai arrancar este processo, que contará com um megacentro de operações em Lisboa e outros mais pequenos […]

O líder parlamentar do CHEGA, Pedro Pinto, classificou como “uma trapalhada” o processo de privatização da TAP, criticando o primeiro-ministro, Luís Montenegro, ao acusá-lo de ser cúmplice, afirmando que “quando chamou Miguel Pinto Luz para o Governo, sabia quem estava a nomear”.