Volodymyr Zelensky diz que a Rússia já o tentou matar 10 vezes

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que os serviços de informação estimam em mais de 10 as tentativas de assassinato por parte da Rússia desde o início da invasão, há dois anos.

© Facebook de Volodymyr Zelensky

“Dizem que são mais de dez, mas são oficiais, serviços especiais, serviços secretos. Para ser sincero, não presto atenção a esses números. Na Ucrânia, todo o nosso pessoal, os militares, que estão na linha da frente, estão a arriscar as suas vidas todos os dias”, disse Volodymyr Zelensky durante uma entrevista para a televisão italiana.

E acrescentou: “Os civis, que sofrem ataques como em Odessa, também estão em risco. Eu sou o Presidente do meu país, por isso também corro riscos e é óbvio porquê. Devo estar nas mesmas condições que qualquer ucraniano”.

Volodymyr Zelensky também sublinhou a necessidade de os parceiros da Ucrânia lhe fornecerem sistemas de mísseis de longo alcance, aludindo às preocupações de alguns aliados, como a Alemanha, de que estes poderiam ser utilizados para atacar o território russo.

“O nosso objetivo é desocupar as nossas terras e acabar com a guerra”, justificou, assegurando que um arsenal deste tipo poderia não só mudar o rumo da guerra, mas também dissuadir o Exército russo.

“Se tivéssemos armas de longo alcance, poderíamos abatê-los. Eles são inexperientes, muitos deles têm medo, se as nossas armas conseguissem chegar lá, eles também recuariam”, afirmou.

Volodymyr Zelenski também alertou para o “grande problema” que seria para o futuro da Ucrânia uma pausa no conflito. “Penso que uma interrupção da guerra é um desafio muito sério para nós” e “um grande problema para toda a Europa”, alertou.

“Já tivemos a experiência depois da ocupação da Crimeia e de parte do Donbas”, disse o Presidente ucraniano, para quem este tipo de tréguas só vai reforçar ainda mais a capacidade militar da Rússia.

Últimas de Política Internacional

A NATO vai reforçar a vigilância e segurança no flanco leste da Aliança Atlântica, depois do incidente em que drones russos entraram no espaço aéreo da Polónia, anunciou hoje a organização.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, homenageou hoje, numa cerimónia solene no Pentágono, as vítimas dos atentados de 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque e Washington, que causaram cerca de 3.000 mortos.
O Presidente finlandês, Alexander Stubb, acusou hoje a Hungria e a Eslováquia de alimentarem a invasão da Ucrânia com as compras de recursos fósseis russos, durante uma visita à Ucrânia, ecoando críticas de Kiev.
A Comissão Europeia desembolsou hoje a oitava parcela do empréstimo de assistência macrofinanceira excecional (AMF), no valor de mil milhões de euros, de um total de 18,1 mil milhões de euros.
Peter Mandelson foi destituído do cargo de embaixador britânico nos Estados Unidos "com efeito imediato", na sequência de alegações sobre a sua relação com o abusador de menores norte-americano Jeffrey Epstein, comunicou hoje o Governo.
A Polónia, membro da União Europeia (UE) e da NATO, anunciou hoje que restringiu o tráfego aéreo na sua fronteira leste, após a invasão de cerca de 20 drones russos suspeitos no seu território.
O primeiro-ministro polaco anunciou esta quarta-feira que vai invocar o artigo 4.º do Tratado da NATO, que prevê consultas entre todos perante ameaças à segurança de um dos Estados-membros, na sequência da violação do seu espaço aéreo por drones russos.
A França regista hoje protestos que se fizeram sentir principalmente nos transportes e autoestradas, com mais de 100 detenções, a maioria em Paris, num dia em que estava previsto um bloqueio total convocado contra as medidas do Governo.
Manifestantes nepaleses incendiaram esta terça-feira o Parlamento na capital Katmandu, após a demissão do primeiro-ministro na sequência de protestos que causaram 19 mortos, anunciou um porta-voz da assembleia.
O Parlamento Europeu (PE) validou hoje o acordo entre a União Europeia (UE) e o Brasil que permite o intercâmbio de dados pessoais e não pessoais para combater a criminalidade grave e o terrorismo.