Tropas francesas não são precisas enquanto ucranianas aguentarem

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje que, “enquanto a Ucrânia aguentar, o Exército francês pode permanecer em território francês”, apelando porém para o envio de pessoal técnico para a coprodução canhões Caesar e formação.

© Facebook de Volodymyr Zelensky

 

“Os vossos filhos não vão morrer na Ucrânia”, afirmou o Presidente ucraniano em entrevista ao canal de televisão BFMTV e ao jornal Le Monde.

As palavras de Zelensky surgem na sequência das declarações do Presidente francês, Emmanuel Macron, que, no final de fevereiro, admitiu o envio de tropas ocidentais para a Ucrânia, possibilidade rejeitada pelos principais estados-membros da NATO, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha.

Mais tarde, as autoridades francesas procuraram clarificar os comentários de Macron e atenuar as reações adversas, insistindo na necessidade de enviar um sinal claro à Rússia de que não pode vencer a guerra contra a Ucrânia, após a sua invasão em fevereiro em 2022.

Foi então admitida a possibilidade do envio de instrutores militares sem envolvimento em combates com a Rússia.

O Kremlin, por sua vez, condenou esta possibilidade e alertou que significaria “cruzar uma linha perigosa” que poderia levar a “consequências indesejáveis”.

Na semana passada, junto do Presidente checo, Petr Pavel, um antigo general da NATO também favorável à presença de forças ocidentais na Ucrânia, Macron voltou ao assunto.

O chefe de estado francês considerou necessário abalar os aliados de Kiev, aos quais apelou para “não serem cobardes” face a uma Rússia “imparável”, assegurando que assume a responsabilidade pelas suas observações controversas.

Macron disse que não precisa explicar todos os dias os limites face ao Presidente russo, Vladimir Putin, alertando que, de contrário, “o espírito de derrota está à espreita” e que o momento exige “clareza” das palavras e “abalar” os aliados se necessário.

A discussão entre os aliados de Kiev surge numa fase em que a Ucrânia enfrenta dificuldades de armamento e de munições em conter os avanços russos no leste do país.

Face aos desenvolvimentos militares e otimismo de Moscovo, os parceiros da Ucrânia têm intensificado a ajuda militar à Ucrânia, incluindo uma iniciativa internacional liderada pela República Checa de reunir 800 mil projeteis através de aquisições conjuntas, quando o Congresso norte-americano mantém bloqueado um pacote de apoio de mais de 50 mil milhões de euros, devido à oposição da ala radical republicana em ano eleitoral nos Estados Unidos.

Últimas do Mundo

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, considerou hoje "uma vergonha" a Marcha do Orgulho Gay, que reuniu no sábado nas ruas de Budapeste dezenas de milhares de pessoas, apesar da proibição da polícia.
A Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), reunida esta semana no Porto, pediu hoje "atenção internacional urgente" para o rapto, deportação e "russificação" de crianças ucranianas.
Mais de 50.000 pessoas foram deslocadas temporariamente na Turquia devido a incêndios florestais que têm afetado as províncias de Esmirna, Manisa (oeste) e Hatay (sudeste), anunciou esta segunda-feira a Agência Turca de Gestão de Catástrofes (AFAD).
A Força Aérea polaca ativou todos os recursos disponíveis no sábado à noite durante o ataque russo ao território ucraniano, uma vez que a ofensiva russa afetou territórios próximos da fronteira com a Polónia.
O Papa Leão XIV pediu hoje orações pelo silêncio das armas e pelo trabalho pela paz através do diálogo, durante a oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Um ataque massivo da Rússia com 477 drones e 60 mísseis, na noite de sábado, causou a morte de um piloto da Força Aérea e seis feridos na cidade ucraniana Smila, denunciou hoje o Presidente da Ucrânia.
A constante ligação aos ecrãs e a proliferação de métodos de comunicação estão a conduzir a dias de trabalho intermináveis com interrupções constantes, com graves consequências para a saúde mental e física, alertam especialistas e vários estudos recentes.
A associação de empresas de energia de Espanha (Aelec), que integram EDP, Endesa e Iberdrola, atribuiu hoje o apagão de abril à má gestão do operador da rede elétrica espanhola no controlo de flutuações e sobrecarga de tensão.
As companhias aéreas europeias, americanas e asiáticas suspenderam ou reduziram os voos para o Médio Oriente devido ao conflito entre Israel e o Irão e aos bombardeamentos dos EUA contra este último país.
O comandante chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Oleksandr Sirski, assegurou este domingo que as tropas ucranianas conseguiram travar o avanço russo na região nordeste de Sumi, recuperando a localidade de Andriivka e avançando na zona de Yunakivka.