Dois presumíveis membros do Hamas mortos am ataque israelita na Cisjordânia

Dois supostos membros do braço armado do movimento islamita palestiniano Hamas foram mortos na manhã de hoje durante um ataque militar israelita em Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, segundo a agência AFP.

© Facebook Israel Reports

 

A agência relata que um dos seus fotógrafos cobriu pela manhã os funerais dos dois homens identificados como Rabi Al-Naourassi, 22 anos, e Mahmoud Aboul Heja, 36.

Cada um dos seus corpos estava envolto numa bandeira verde do Hamas e ambos tinham as cabeças rodeadas por uma faixa em nome das Brigadas al-Qassam, o braço armado do movimento.

As versões divergem quanto às circunstâncias em que foram mortos.

“Tiros foram disparados contra um grupo de jovens” antes do amanhecer, perto da entrada das urgências do hospital governamental de Jenin, segundo Wissam Bakr, diretor da unidade, citado pela AFP. “Não houve confrontos”, descreveu, dando a entender que estavam desarmados.

“Os atiradores começaram a disparar […] e os dois jovens [morreram] na entrada da urgência”, acrescentou. Segundo Bakr, outras quatro pessoas ficaram feridas.

Questionado pela AFP, um porta-voz do Exército israelita declarou que, no decurso de “atividades antiterroristas” em Jenin, durante as quais “um suspeito procurado” foi detido, “soldados dispararam contra suspeitos armados identificados na área” e alguns foram atingidos.

Jenin, uma cidade localizada no norte da Cisjordânia ocupada e que abriga um dos campos de refugiados mais populosos e pobres dos territórios palestinianos, é um reduto de grupos armados.

A segurança é, teoricamente, da responsabilidade exclusiva da Autoridade Palestiniana, ao contrário de outras áreas da Cisjordânia ocupada, onde cabe unicamente ao Exército israelita, ou em articulação com a polícia da Palestina.

Israel ocupa o território da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental desde a designada Guerra dos Seis Dias de 1967, e mantém desde então um amplo regime de ocupação militar e colonização do território palestiniano.

Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, em 07 de outubro, foram mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental mais de 400 palestinianos pelas forças israelitas e em ataques perpetrados por colonos, além de se terem registado mais de 3.000 feridos e 6.650 detenções.

Últimas do Mundo

A polícia catalã deteve em Barcelona um alegado médico que fornecia substâncias estupefacientes por via intravenosa num apartamento no bairro de Barceloneta, depois de um 'cliente' ter sofrido uma intoxicação.
O número de mortos no Vietname em uma semana de chuvas torrenciais que afetam o país subiu hoje para 90, contra 55 vítimas mortais registadas na véspera, enquanto 12 pessoas continuam desaparecidas, informaram as autoridades.
A ausência de avanços no abandono dos combustíveis fósseis, o aumento do financiamento à adaptação e a criação de um mecanismo para a transição justa marcaram a COP30 que terminou sábado em Belém.
A proprietária do Daily Mail, DMGT, assinou um acordo com o grupo Redbird IMI para adquirir o jornal britânico Telegraph por 500 milhões de libras esterlinas (cerca de 569 milhões de euros), anunciou hoje a editora em comunicado.
O ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro foi hoje preso preventivamente a pedido do Supremo Tribunal Federal, segundo a imprensa local.
A União Europeia admite que a conferência da ONU sobre alterações climáticas termine “sem acordo” por considerar que a proposta hoje apresentada pela presidência brasileira da COP30 é inaceitável.
A Comissão Europeia exigiu hoje ao Governo de Portugal que aplique corretamente uma diretiva que diz respeito aos requisitos mínimos de energia nos produtos que são colocados à venda.
Um número indeterminado de alunos foi raptado de uma escola católica no centro da Nigéria, anunciou hoje um responsável local, assinalando o segundo rapto deste tipo no país numa semana.
Sheikh Hasina, outrora a mulher mais poderosa do Bangladesh, cai agora como carrasco nacional: um tribunal condenou-a à morte por orquestrar a carnificina que matou 1.400 manifestantes e feriu 25 mil.
A violência contra cristãos disparou em 2024, com mais de 2.200 ataques que vão de igrejas incendiadas a fiéis assassinados, revelando uma Europa cada vez mais vulnerável ao extremismo e ao ódio religioso. Alemanha, França, Espanha e Reino Unido lideram a lista negra da cristianofobia.