Sobe para 11 número de mortos em alegado ataque israelita em Damasco

Um alegado ataque israelita contra o consulado do Irão na capital da Síria, na segunda-feira, causou pelo menos 11 mortos, de acordo com um novo balanço feito hoje por uma organização não-governamental (ONG).

© D.R.

 

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), uma ONG sediada no Reino Unido, mas que conta com uma vasta rede de informadores no país, afirmou que o ataque vitimou oito iranianos, dois sírios e um libanês.

Num balanço inicial, o OSDH tinha referido oito mortos.

O ataque aéreo matou dois generais da Guarda Revolucionária iraniana e cinco outros militares iranianos, disseram autoridades de Teerão e Damasco.

“O inimigo israelita lançou ataques aéreos a partir do Golã sírio ocupado, visando o consulado iraniano em Damasco”, disse o Ministério da Defesa da Síria.

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Hossein Amir-Abdollahian, disse que convocou o encarregado de negócios da Suíça em Teerão, que representa os interesses dos Estados Unidos no país.

“Uma mensagem importante foi enviada ao governo norte-americano, uma vez que apoia a entidade sionista [expressão usada para Israel]. A América deve assumir as suas responsabilidades”, sublinhou o ministro, citado pela agência de notícias iraniana Irna, apelando ainda “à comunidade internacional” para que dê “uma resposta séria” aos ataques israelitas.

O Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se durante o dia para discutir o ataque, disse o embaixador da Rússia junto da ONU, Dmitry Polyansky, pedido já aceite, escreveu o diplomata na rede social X (antigo Twitter).

Questionado na noite de segunda-feira sobre o ataque durante uma conferência de imprensa, o porta-voz do exército de Israel, contra-almirante Daniel Hagari, respondeu que “não comenta informações da imprensa estrangeira”.

A ação indica uma escalada das ofensivas de Israel contra oficiais militares iranianos e aliados na Síria, que já se tinham intensificado depois do ataque de 07 de outubro em solo israelita do movimento islamita palestiniano Hamas.

Os confrontos também aumentaram desde então entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah, também apoiado por Teerão, ao longo da fronteira norte de Israel com o Líbano.

A ofensiva de Israel começou depois de 07 de outubro, quando comandos do Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas e fizeram perto de 250 reféns numa série de ataques em território israelita.

A campanha militar israelita na Faixa de Gaza já causou a morte de mais de 32.800 palestinianos e mais de 75 mil ficaram feridos, de acordo com o Hamas.

Últimas do Mundo

O Presidente eleito norte-americano, Donald Trump, foi hoje nomeado Personalidade do Ano 2024 pela revista Time, que destaca o regresso à Casa Branca após ter escapado a duas tentativas de assassínio e de ter sido condenado pela justiça.
O número global de vítimas de tráfico humano voltou a aumentar (25%), após recuar durante a pandemia de Covid-19, com mulheres e meninas a continuarem em maioria, indicou hoje o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).
Três jovens suspeitos de serem jihadistas foram detidos no passado domingo no sudoeste da Alemanha por alegadamente estarem a preparar um atentado, disse hoje o Ministério Publico Federal e a Polícia local.
O Conselho da União Europeia (UE) aprovou hoje um pagamento de 4,2 mil milhões de euros ao abrigo da Mecanismo para a Ucrânia para apoiar a estabilidade macrofinanceira, por considerar que o país "satisfez condições e reformas necessárias".
Uma explosão numa refinaria da empresa petrolífera ENI em Calenzano, perto de Florença, norte de Itália, provocou pelo menos dois mortos e oito feridos, anunciaram hoje as autoridades locais, que estão a avaliar os efeitos poluentes do incidente.
O Presidente deposto sírio Bachar al-Assad e a sua família estão em Moscovo, segundo agências de notícias russas, citadas pela AFP.
A missa voltou a ouvir-se hoje na catedral Notre-Dame de Paris quebrando o ‘silêncio’ de mais de cinco anos imposto pelo incêndio que devastou o local em abril de 2019.
Centenas de refugiados sírios residentes no Líbano atravessaram hoje a fronteira de regresso ao seu país, poucas horas depois de ter sido expulso o presidente Bashar al-Assad e encerrando cinco décadas de governo do Partido Baath.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje que 43 mil soldados ucranianos foram mortos e 370 mil ficaram feridos desde o início do conflito com a Rússia, há quase três anos.
O presidente da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), Mahmoud Abbas, declarou, em entrevista à agência Lusa, que a Palestina está pronta para realizar eleições “imediatamente e sem demoras”, se Israel permitir a votação em Jerusalém Oriental e noutros territórios ocupados.