Preço do ouro atinge novo máximo de mais de 2.358 dólares por onça troy

O preço do ouro, um ativo de refúgio, atingiu hoje um novo máximo de mais de 2.358 dólares por onça troy, graças a compras de bancos centrais, às tensões geopolíticas e à incerteza sobre a política monetária.

© D.R.

O preço do ouro atingiu 2.358,21 dólares às 9:50 em Lisboa, mais 1,27% que na sessão anterior e ultrapassando os máximos de sempre atingidos na segunda-feira, quando foi negociado a 2.353,95 dólares, segundo dados da Bloomberg.

Depois de encadear vários máximos desde meados de fevereiro, Manuel Pinto, analista da XTB, explica que a principal questão neste momento é saber até onde pode ir o preço do ouro se a Reserva Federal dos EUA (Fed) decidir finalmente cortar as taxas de juro nos próximos meses.

O analista do IG, Sérgio Ávila, vê a subida do ouro como “um sinal de que os investidores estão a procurar refúgio da incerteza económica”.

A solidez do mercado de trabalho norte-americano levantou dúvidas sobre quando é que a Fed vai começar a baixar as taxas de juro.

O presidente da Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, argumentou na semana passada que, se a economia se mantiver e a inflação não abrandar, poderá não ser necessário reduzir as taxas este ano.

“Os investidores estão agora atentos às próximas comunicações da Fed, incluindo as atas da reunião de março e os discursos dos responsáveis da Fed, que poderão oferecer novas perspetivas sobre as ações políticas” da Reserva Federal, adianta Ávila.

Na opinião de Ávila, “os movimentos dos preços do ouro serão um termómetro importante para medir a temperatura do sentimento dos investidores e a orientação das políticas monetárias”.

Além destes fatores cíclicos, os analistas continuam a apontar para compras sustentadas de ouro físico por parte dos bancos centrais, especialmente da China.

Últimas de Economia

A empresa estatal Parpública anunciou hoje, em comunicado, que recebeu "três declarações de manifestação de interesse" pela privatização da TAP, cuja entrega de candidaturas encerrou às 16:59.
O prazo para a entrega das manifestações de interesse pela privatização da TAP termina hoje, seguindo-se agora a análise das candidaturas pela Parpública e a preparação para as propostas não vinculativas.
Os pagamentos aos beneficiários do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ultrapassaram a barreira dos 10.000 milhões de euros na última semana, com as empresas a manterem-se na liderança, segundo o último relatório de monitorização.
O endividamento do setor não financeiro, que reúne administrações públicas, empresas e particulares, aumentou 9.400 milhões de euros em setembro face a agosto, para 866.400 milhões de euros, anunciou hoje o Banco de Portugal (BdP).
O International Airlines Group (IAG) entregou à Parpública uma declaração de interesse no processo de privatização da TAP, anunciou hoje o grupo dono da British Airways e da Iberia, um dia antes do final do prazo definido.
O montante investido em certificados de aforro voltou a aumentar em outubro, em termos homólogos, para 39.387 milhões de euros, um crescimento de 15,4% em termos homólogos, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).
A intensidade energética da economia situou-se em 3,7 MJ/euro em 2023, traduzindo uma redução de 6,4% face a 2022, o resultado mais baixo da série disponível, anunciou hoje o Instituto Nacional e Estatística (INE).
O escândalo da privatização da TAP volta a rebentar: o Ministério Público constituiu quatro arguidos por suspeitas de que a companhia aérea foi comprada… com o próprio dinheiro da TAP. A operação 'Voo TP789' desencadeou 25 buscas explosivas e está a abalar o setor da aviação nacional.
A taxa de inflação homóloga fixou-se, em outubro, nos 2,1% na zona euro, confirmou hoje o Eurostat, indicando que na União Europeia (UE) foi de 2,5%, com Portugal a apresentar a sexta menor (2,0%).
A Polícia Judiciária realizou hoje várias buscas no âmbito da privatização da TAP em 2015.