Tóquio considera lamentável Biden ter descrito Japão como país xenófobo

O Governo japonês lamentou hoje os comentários do Presidente norte-americano, Joe Biden, que considerou Japão, Índia, China e Rússia países xenófobos que não acolhem imigrantes.

©Facebook.com/Japan.PMO

 

É “lamentável que tenham sido feitos comentários que não se baseiam numa compreensão exata da política do Japão”, lê-se num comunicado do Governo nipónico.

Num evento de angariação de fundos para a campanha presidencial, na noite de quarta-feira, Biden considerou que o Japão e a Índia são países xenófobos que não acolhem imigrantes, agrupando-os com China e Rússia quando tentava explicar as suas circunstâncias económicas, em contraste com as políticas de Washington.

Os comentários ocorreram apenas três semanas depois de a Casa Branca ter recebido o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, em visita de estado.

Na ocasião, Biden referiu-se a uma “aliança inquebrável”, particularmente na segurança global.

Numa angariação de fundos num hotel onde a maioria de doadores era asiática-americana, Biden disse que as próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos, em novembro, serão sobre “liberdade, América e democracia” e que a economia do seu país estava a prosperar.

“Porquê? Porque acolhemos imigrantes”, disse Biden. “Pensem nisso: por que motivo a China está tão estagnada economicamente? Por que o Japão está com problemas? Porquê a Rússia? Porquê a Índia? Porque são xenófobos. Eles não querem imigrantes”

O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, justificou que Biden estava a defender uma posição mais ampla sobre a postura dos Estados Unidos em relação à imigração.

“Os nossos aliados e parceiros sabem bem, de maneira tangível, como o Presidente Biden os valoriza, a sua amizade, a sua cooperação e as capacidades que trazem para todo o espetro em uma série de questões, não apenas relacionadas à segurança”, disse Kirby na quinta-feira.

Tóquio indicou que o esclarecimento foi ouvido.

“Tomámos nota da explicação do Governo norte-americano de que os comentários em questão não foram feitos com o objetivo de prejudicar a importância e a continuidade das relações entre o Japão e os Estados Unidos”, lê-se ainda no comunicado.

Últimas do Mundo

A polícia australiana considerou um “ato terrorista” contra a comunidade judaica o ataque com tiros na praia de Bondi, Sydney, que causou pelo menos 12 mortos.
Pelo menos duas pessoas morreram e oito ficaram feridas com gravidade num tiroteio ocorrido no campus da Universidade Brown, nos Estados Unidos, informou o presidente da câmara de Providence.
Mais de 40% do território espanhol está num processo de degradação devido à atividade humana que pode conduzir a desertificação, segundo o primeiro "Atlas da Desertificação em Espanha", elaborado por cientistas de diversas universidades e publicado recentemente.
O número de vítimas das inundações e deslizamentos de terra que atingiram a Indonésia subiu para 1.003 mortos e 218 desaparecidos, anunciou hoje a Agência Nacional de Gestão de Catástrofes.
Perante o colapso do sistema de asilo, o Governo britânico avançou com um método relâmpago: milhares de pedidos estão a ser aprovados sem entrevistas, apenas com base num questionário escrito. A oposição acusa Londres de “escancarar as portas” à imigração.
A cidade alemã de Salzgitter vai obrigar requerentes de asilo aptos para trabalhar a aceitar tarefas comunitárias, sob pena de cortes nas prestações sociais.
O homem que enganou Espanha, desviou dinheiro público e fugiu à Justiça acabou capturado em Olhão. Natalio Grueso, condenado por um esquema milionário de peculato e falsificação, vivia discretamente no Algarve desde que desapareceu em 2023.
O voo MH370 desapareceu a 8 de março de 2014 quando voava de Kuala Lumpur para Pequim com 239 pessoas a bordo, incluindo 227 passageiros - a maioria dos quais chineses - e 12 membros da tripulação.
A Comissão Europeia abriu hoje uma investigação à gigante tecnológica Google por suspeitar de violação da lei da União Europeia (UE), que proíbe abuso de posição dominante, ao impor "condições injustas" nos conteúdos de inteligência artificial (IA).
A tecnológica Meta anunciou a aquisição da empresa norte-americana Limitless, criadora de um pendente conectado, capaz de gravar e resumir conversas com recurso à inteligência artificial (IA).