Num contexto europeu de crescente interdependência e de grandes desafios, é essencial que os cidadãos compreendam o impacto direto que as decisões tomadas em Bruxelas têm sobre as nossas vidas, aos mais diversos setores, desde economia, finanças, políticas e até mesmo de soberania.
Portugal, como membro ativo da União Europeia enfrenta uma série de questões críticas que devem ser abordadas com determinação e clareza. Entre essas questões, destacam-se pontos cruciais, como a imigração descontrolada e os gastos na defesa a nível interno.
A imigração descontrolada é uma questão sensível que requer uma abordagem equilibrada e pragmática. Enquanto, país que historicamente acolheu migrantes de diversas origens, Portugal reconhece os benefícios sociais e económicos da imigração. No entanto, é fundamental que as políticas europeias garantam um controlo eficaz das fronteiras e promovam a integração harmoniosa dos migrantes na sociedade portuguesa. Estabelecer um equilíbrio entre solidariedade humanitária e segurança nacional é essencial para preservar a coesão social e a estabilidade económica.
Outro ponto de extrema relevância é a questão dos gastos na defesa a nível interno. Portugal não pode continuar a depender exclusivamente da NATO para garantir a sua segurança. É essencial que o país invista na modernização das suas Forças Armadas e no reforço das capacidades de defesa, garantindo assim a sua autonomia estratégica e a capacidade de resposta a ameaças emergentes. Este investimento não só fortalecerá a posição de Portugal no contexto internacional, como também contribuirá para a coesão e segurança da UE como um todo. Não estando na ordem do dia, é inconcebível a criação de um exército europeu, não só seria ceder mais uma área, como seria mais um passo para o federalismo europeu.
Para além disso, na era da tecnologia em constante evolução, a União Europeia deve posicionar-se como uma vanguarda na regulação e inovação tecnológica. Enquanto promove o desenvolvimento e a adoção de tecnologias de ponta, a UE também tem o dever de garantir que essas tecnologias sejam utilizadas de forma ética e responsável. Não podemos assumir o papel de “pais protetores”, sufocando a inovação com excesso de regulamentação, mas também não podemos permitir uma anarquia tecnológica que coloque em risco a segurança, privacidade e direitos dos cidadãos. É necessário encontrar um equilíbrio delicado entre a promoção da inovação e a proteção dos valores fundamentais da sociedade, garantindo que a tecnologia sirva o bem comum e contribua para um futuro sustentável e próspero para todos.
No entanto, é crucial abordar uma questão mais ampla e fundamental: até que ponto Portugal deve integrar-se na UE sem comprometer a sua soberania e identidade nacional?
Atualmente, é inegável que Portugal cede mais soberania para Bruxelas do que jamais cedeu sob o domínio espanhol. Este é um desafio que exige uma reflexão séria sobre os limites da integração europeia e a necessidade de proteger a autonomia e identidade nacionais.
A pertença à UE trouxe inúmeros benefícios económicos, sociais e políticos para Portugal, embora, é fundamental que Portugal defenda os seus interesses nacionais e promova uma UE baseada no respeito pela diversidade cultural, na cooperação entre Estados soberanos e no princípio da subsidiariedade.
Em suma, as eleições europeias são uma oportunidade crucial para os cidadãos portugueses expressarem as suas preocupações e aspirações em relação ao futuro da Europa e de Portugal. Devemos eleger representantes que defendam os interesses do país e promovam uma Europa justa, livre e soberana, somos parte integrante do “velho continente”. Temos uma história rica, uma cultura forte e uma contribuição significativa para o desenvolvimento da civilização europeia e por isso devemos assegurar um futuro próspero e estável para Portugal e para toda a Europa.