Em comunicado, a TAP explica que, de janeiro a março, o resultado líquido registou um valor negativo de 71,9 milhões de euros, tendo diminuído em 14,5 milhões em comparação com o primeiro trimestre de 2023.
Contudo, sublinha a companhia, quando comparado com o primeiro trimestre de 2019 (ano pré-pandemia) o resultado líquido melhorou em 34,7 milhões de euros.
A transportadora lembra que o primeiro trimestre “é tradicionalmente o de pior desempenho financeiro”, para sublinhar que entre janeiro e março deste ano conseguiu melhorar a performance operacional, um crescimento continuo nas receitas e alcançou “resultados operacionais resilientes”.
O desempenho operacional da companhia aérea nos primeiros três meses do ano melhorou, superando o primeiro trimestre de 2023 em várias métricas: transportou mais passageiros (+0,6%), aumentou a sua capacidade (+3,8%) e melhorou o ‘load factor’ (+0,3 pontos percentuais).
As receitas operacionais atingiram os 862 milhões, aumentando em 3,1% face ao primeiro trimestre de 2023. A empresa destaca as receitas do segmento de passageiro, que subiram 5%.
O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) recorrente alcançou os 83,7 milhões e um EBIT (sem considerar as depreciações e amortizações) recorrente negativo de 43,3 milhões, superiores aos níveis de 2019 (5,5 milhões e -99,3 milhões, respetivamente).
No ano passado, a TAP alcançou o maior resultado líquido de sempre, com um lucro de 177,3 milhões de euros, enquanto as receitas ultrapassaram pela primeira vez os 4.000 milhões de euros, anunciou a empresa.
O comunicado refere que, a 31 de março de 2024, o Grupo apresentava uma posição de liquidez de 1.133,4 milhões de euros, um aumento de 344 milhões face ao final de 2023, no seguimento da execução da segunda tranche de aumento de capital pelo acionista, em janeiro de 2024, no valor de 343 milhões.
Citado no comunicado, o presidente executivo da TAP, Luís Rodrigues, considerou que, no primeiro trimestre de 2024, a empresa prosseguiu o “processo de transformação estrutural” que era exigido.
“O investimento nas nossas pessoas, incluindo o fim dos cortes salariais, correções da elevada inflação e os novos acordos de empresa, têm um impacto imediato no resultado, mas os benefícios continuarão a materializar-se ao longo do tempo”, acrescentou.
O responsável sublinhou ainda a companhia conseguiu “aumentar a oferta, transportar mais passageiros e melhorar as taxas de ocupação”, quando comparado com o primeiro trimestre de 2023.
Tudo isto, acrescentou, traduziu-se “em aumento da receita, enorme redução de irregularidades, melhoria da pontualidade e regularidade numa infraestrutura aeroportuária altamente congestionada”.
No primeiro trimestre, as receitas operacionais totalizaram 861,9 milhões de euros, aumentando em 3,1% em comparação com o período homólogo, representando 140% das receitas operacionais dos primeiros três meses de 2019(pré-pandemia), impulsionadas sobretudo pelas receitas do segmento de passageiros, que subiram para 774,7 milhões de euros, mais 37,2 milhões (+5%) face ao período homólogo.
As receitas da divisão de Manutenção atingiram os 45 milhões de euros, um aumento de 1,4 milhões quando comparados com o primeiro trimestre do ano passado, devido sobretudo a “melhores condições nas cadeias de abastecimento que atrasaram atividades programadas nos trimestres anteriores”, refere a empresa.
As receitas do segmento de Carga caíram em 12,1 milhões para 36,7 milhões, registando uma diminuição de 24,7% em comparação com o período homólogo.
Os custos operacionais recorrentes atingiram os 905,2 milhões de euros, um aumento de 7% (mais 59,1 milhões) em comparação com os primeiros três meses do ano de 2023. Esta variação resulta principalmente do aumento dos custos com o pessoal (+70,5 milhões ou 56,9%) devido aos novos acordos de empresa, “contrabalançado pela redução do custo com combustível (-23,6 milhões) devido a um preço mais baixo do jet fuel”.