Cativações finais em 2023 de 594 milhões de euros foram as mais altas desde 2016

As cativações finais em 2023 ascenderam a 594,4 milhões de euros, o valor mais elevado desde 2016, segundo um relatório do Conselho das Finanças Públicas (CFP) hoje publicado.

© D.R.

 

De acordo com o relatório “Evolução Orçamental das Administrações Públicas em 2023” do CFP, as cativações iniciais sobre a despesa na administração central ascenderam a 1.242,1 milhões de euros, dos quais 322,2 milhões de euros sobre a reserva orçamental.

Os dados provisórios relativos ao ano de 2023 indicam que foram descativados 647,7 milhões de euros, tendo os cativos permanentes totalizado 594,4 milhões de euros, dos quais cerca de um terço no programa “Infraestruturas e Habitação”.

Os cativos finais atingiram o valor mais elevado desde 2016, quando registaram 941 milhões de euros.

Em 2022, tinham atingido 444 milhões de euros, que comparou com os cativos iniciais de 1.082 milhões de euros.

Os cativos finais de 2023 correspondem a 47,9% do total de cativos iniciais, sendo também o rácio mais elevado desde 2016.

O CFP indica que solicitou à Direção-Geral do Orçamento (DGO) a desagregação das cativações por classificação económica, mas não obteve resposta.

A entidade liderada por Nazaré da Costa Cabral aponta ainda que a reserva orçamental para o ano de 2023 totalizava 383 milhões de euros, valor correspondente a 2,5% do orçamento de despesa de cada programa orçamental da administração central para 2023, e desse valor total foram utilizados 132,7 milhões de euros (34,7%), tendo cerca de um terço ocorrido no Ministério da Administração Interna.

A reserva orçamental não foi utilizada em 250,3 milhões de euros, tendo esse valor não utilizado beneficiado o saldo orçamental em 2023.

O CFP assinala ainda que a dotação provisional aprovada para 2023 (813,7 milhões de euros) foi quase integralmente utilizada (804,1 milhões de euros), tendo mais de metade do valor sido utilizado para o reforço das transferências para o orçamento da Segurança Social (239,7 milhões de euros para assegurar as disponibilidades necessárias à atribuição dos apoios extraordinários às famílias para pagamento da renda e da prestação de contratos de crédito) e do Ministério da Agricultura e Alimentação (177,9 milhões de euros para medidas de apoio ao setor).

As restantes dotações de despesa efetiva centralizadas no Ministério das Finanças ascendiam a 225 milhões de euros no Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) e tiveram uma execução de 174 milhões de euros.

No total, face ao inscrito no OE2023, a gestão dos instrumentos de controlo orçamental “permitiu desonerar a despesa e o saldo orçamental” em 707,6 milhões de euros (0,3% do PIB).

Últimas de Economia

A execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), tendo em conta os marcos, metas e os fundos recebidos, é inferior à média da área do euro, mas a aprovação do sexto pedido de desembolso pode equilibrar as contas.
O preço do barril de petróleo subia após uma declaração do Presidente norte-americano, Joe Biden, a dar conta de "conversações" com Israel sobre eventuais ataques a instalações petrolíferas iranianas.
O preço das casas aumentou, no segundo trimestre, 1,3% na zona euro e 2,9% na União Europeia, face ao período homólogo, e Portugal registou a segunda maior subida em cadeia (3,9%), divulga hoje o Eurostat.
Os fogos licenciados em construções novas recuaram 4,8% até julho em termos homólogos, tendo as licenças para construção nova e reabilitação de edifícios habitacionais caído 2,7% e o consumo de cimento aumentado 3,9%, segundo a AICCOPN.
O novo crédito à habitação foi de 1.545 milhões de euros em agosto, o valor mais elevado desde março de 2022, divulgou hoje o Banco de Portugal.
O Tribunal Geral da União Europeia, primeira instância, rejeitou hoje um recurso da Pharol que pedia a anulação de uma multa de 12 milhões de euros aplicada pela Comissão Europeia à antiga Portugal Telecom por cláusula contratual ilegal.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa voltou hoje a pressionar o Governo para acelerar a transferência de verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a habitação.
As medidas para mitigar o impacto da crise inflacionista e energética custaram 1.784,5 milhões de euros até agosto, considerando o seu efeito no aumento da despesa e diminuição da receita, divulgou hoje a Direção-Geral do Orçamento (DGO).
A taxa de desemprego situou-se em 6,4% em agosto, 0,1 pontos percentuais abaixo da de julho e igual à do mesmo mês de 2023, segundo dados provisórios divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
A produção industrial registou uma queda homóloga de 1,6% em agosto, depois de ter recuado 3,9% no mês anterior, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).