MNE israelita acusa Pedro Sánchez de ser “cúmplice de incitar o genocídio judeu”

O ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, acusou hoje o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, de ser "cúmplice do genocídio judeu" por reconhecer o Estado palestiniano.

© Facebook de Pedro Sánchez Pérez-Castejón

“O presidente ‘@sanchezcastejon’ – ao não despedir ‘@yolanda_diaz’_ e ao anunciar o reconhecimento do Estado palestiniano – é cúmplice do incitamento ao assassinato do povo judeu e de crimes de guerra”, escreveu hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, nas redes sociais, que também associou a mensagem à conta do líder do Partido Popular, Alberto Núñez Feijóo, nas redes sociais.

Katz acrescentou que o chefe do Governo espanhol deveria ter demitido a vice-presidente do Governo espanhol, Yolanda Díaz, por ter afirmado que “a Palestina será livre ‘do rio (Jordão) ao mar'”.

 O Governo de Espanha vai reconhecer hoje formalmente a Palestina como Estado e prevê-se que a República da Irlanda e a Noruega façam o mesmo a partir de hoje, como anunciaram os três países na semana passada.

Na mesma mensagem publicada hoje nas redes sociais – em castelhano e hebraico -, Katz acusou Díaz de pretender a eliminação de Israel e a criação de um “Estado terrorista” palestiniano, comparando a vice-presidente do Executivo espanhol ao líder supremo iraniano Ali Khamenei e ao dirigente do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar.

Mais tarde, Yolanda Díaz esclareceu que quando afirmou que “a Palestina será livre do ‘rio ao mar'” queria dizer que os dois Estados – Israel e Palestina -, deveriam “partilhar um futuro de paz e prosperidade”.

O esclarecimento de Díaz ocorreu depois de a embaixadora israelita em Madrid, Radica Radian-Gordon, a ter acusado de utilizar “uma palavra de ordem do Hamas”.

Pedro Sánchez manifestou hoje vontade em manter “as melhores relações possíveis” com Israel, apesar do reconhecimento da Palestina como Estado por parte de Espanha.

Por outro lado, Sánchez expressou rejeição “categórica” do Hamas, que, frisou, não está comprometido com a solução de dois Estados.

Na sexta-feira, Israel anunciou que vai impedir a prestação de serviços a palestinianos pelo consulado de Espanha em Jerusalém, que na prática funciona como uma embaixada para residentes na Cisjordânia, prestando serviços consulares e assumindo as relações diplomáticas com a Autoridade Nacional Palestiniana.

Na véspera da formalização do reconhecimento, o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita ordenou que o consulado espanhol em Jerusalém encerre os serviços a palestinianos a partir do próximo dia 01 de junho.

Mais de 140 países reconhecem a Palestina como Estado, alguns dos quais, membros da União Europeia, como Bulgária, Chipre, República Checa, Hungria, Polónia, Roménia e Eslováquia e a Suécia.

Portugal não faz parte do grupo de países que reconhecem a Palestina como Estado.

Últimas do Mundo

As autoridades brasileiras realizaram hoje uma operação policial contra um grupo dedicado ao tráfico internacional de armas suspeito de enviar cerca de duas mil espingardas para o Comando Vermelho, a maior organização criminosa do Rio de Janeiro.
A Meta anunciou hoje a incorporação do seu 'chatbot' de inteligência artificial (IA) nas suas plataformas em 41 países europeus a partir desta semana, apesar dos "complexos sistemas regulatórios" da União Europeia.
O Comité de Ministros do Conselho da Europa recebeu 20 novos casos de Portugal em 2024 para supervisão de execução de decisões do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, havendo casos pendentes há mais de cinco anos, incluindo urgentes.
O Centro Criptológico Nacional (CCN) espanhol admitiu ter gerido mais de 177 mil ciberataques em 2024, dos quais 382 foram considerados críticos, o que representa um crescimento de 64% face ao ano anterior.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, ameaçou aplicar à Venezuela "sanções severas e crescentes", caso este país recuse um “fluxo consistente de voos de deportação” de venezuelanos dos Estados Unidos.
As deteções de drogas nas águas residuais na Europa apontam para um aumento dos consumos de cocaína, anfetaminas e sobretudo MDMA/ecstasy, com Lisboa como a cidade portuguesa em destaque, segundo um estudo hoje divulgado.
A Comissão Europeia vai apresentar hoje um novo livro branco para o setor da defesa com medidas para reforço da segurança da União Europeia, como colaboração na contratação pública e preferência para empresas e fornecedores do espaço comunitário.
A Comissão Europeia quer que os países da União Europeia (UE) comecem a trabalhar já para que a base industrial de defesa esteja pronta até 2030 e seja reforçada a segurança do bloco comunitário, disse hoje a presidente.
A Agência da União Europeia para a Cooperação Policial (Europol) advertiu hoje que a inteligência artificial (IA) está a impulsionar o crime organizado na UE à medida que se entrelaça com atividades de destabilização patrocinadas por determinados Estados.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje que vai "aumentar e acelerar as encomendas" de caças Rafale para a força aérea francesa, no âmbito dos novos investimentos na defesa em resposta ao "ponto de viragem" geopolítico mundial.