Dia 17 de maio celebrámos os 65 anos do Santuário de Cristo Rei, um dos maiores símbolos de Almada e um dos mais visitados do país.
A comemoração contou com uma missa solene, presidida por D. Manuel Clemente, Patriarca Emérito de Lisboa, seguindo-se a conferência “O reinado de Cristo”.
Inaugurado a 17 de maio de 1959, o Santuário foi construído como uma promessa e um sonho do Cardeal Cerejeira, inspirado pelo Cristo Redentor no Rio de Janeiro. Foi erguido com o esforço coletivo dos portugueses, através de uma campanha nacional de angariação de fundos, e é uma das estruturas mais altas de Portugal.
A sua importância vai além da dimensão física. De grande relevância religiosa e simbólica, consagrado ao Sagrado Coração de Jesus, continua a ser um local de peregrinação. No ano passado, mais de um milhão de pessoas visitaram o recinto. A requalificação recente do espaço e a aposta em programas artísticos e culturais têm contribuído para o aumento de visitantes.
Para melhorar a experiência dos mesmos e fortalecer a relação do Santuário com a cidade de Almada, é imperativo reforçar o transporte público entre Cacilhas e o Santuário. A introdução de mais autocarros e a criação de um roteiro turístico que inclua outras áreas da cidade enriquecerão ainda mais a visita.
O roteiro deve destacar locais históricos, culturais e gastronómicos, motivando os turistas a explorarem Almada e não só o monumento. Esta proposta, que tenho defendido na Área Metropolitana de Lisboa, Associação de Turismo de Lisboa e Comissões da Assembleia Municipal de Almada, visa criar sinergias que aproveitem o fluxo de visitantes para fomentar um turismo mais abrangente e integrado.
A celebração dos 65 anos do Santuário é um momento de reflexão e projeção para o futuro. Não só representa uma vertente religiosa e simbólica, mas reforça a necessidade de conciliar a visita ao Santuário com a restante cidade de Almada.