Paulo Rangel falava aos jornalistas em Luanda após um encontro no Palácio Presidencial com o Presidente angolano, Joao Lourenço, com quem abordou a visita a Angola do primeiro-ministro, Luís Montenegro, a partir de 23 de julho e o atual momento “de excelência” das relações bilaterais.
Sobre a vinda de Luís Montenegro destacou que terá um caráter económico e pretende promover o diálogo entre empresários angolanos e portugueses para reforçar o investimento em Angola.
“A cooperação esta viva e recomenda-se”, sublinhou o chefe da diplomacia portuguesa.
Questionado sobre a atualização da política de imigração, Rangel frisou que não foi alterada nenhuma lei nem o acordo de mobilidade, tendo sido elencadas quatro prioridades, sendo a primeira a mobilidade dos cidadãos da CPLP.
“Todos os cidadãos da CPLP têm tratamento privilegiado porque há esse acordo de mobilidade que é para levar para a frente, aprofundar e pôr a funcionar melhor”, destacou.
Reconheceu, por outro lado, que “a concessão de vistos é demorada e que “há estrangulamentos”, pelo que Portugal vai deslocar para os consulados da CPLP 45 especialistas “para agilizar esses processos para tornar efetiva a mobilidade da CPLP”.
“Portugal precisa muito de mão-de-obra e os nossos países irmãos têm de ter prioridade”, salientou.
Disse ainda que o acordo de reciprocidade de Segurança Social Portugal-Angola está também na agenda das conversações bilaterais que vai manter com o homólogo angolano, Téte António, sublinhando que a mobilidade passa também pela “facilidade de as pessoas saberem que no futuro, se deixarem de trabalhar ou ficarem doentes, terão os seus direitos sociais”.