PR terá mesma “frente comum perante problemas” com novo Governo que teve com anterior

O Presidente da República defendeu hoje que deve ter com o novo Governo a mesma predisposição que tinha com o anterior para “uma frente comum perante problemas nacionais”, considerando “preferível” se for possível ter o Orçamento do Estado aprovado.

© Facebook da Presidência da República

“Eu acho que tenho a obrigação também de, havendo problemas importantes ou decisões importantes, ainda que por menos tempo e de forma menos intensa, ter a mesma predisposição relativamente ao novo primeiro-ministro e ao novo Governo. Por menos tempo porque o mandato está mais próximo do fim”, respondeu Marcelo Rebelo de Sousa à margem da inauguração de uma exposição em Vila Franca de Xira quando questionado pelos jornalistas se esta é uma nova fase de coabitação com o Governo de Luís Montenegro.

O Presidente da República recordou como nos últimos anos, e “até às vezes desagradando” a sua área política, entendeu ser fundamental “em momentos cruciais, estar ao lado do primeiro-ministro e do Governo anterior”, referindo-se a António Costa e à “crise financeira, crise bancária, fogos ou pandemia”.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, “em momentos cruciais” solidariedade significa o Presidente da República “estar em conjunto, em muitos momentos com o parlamento, mas noutros com o primeiro-ministro e com o Governo, naquilo que é uma frente comum perante problemas nacionais”.

“Não há dúvida que estamos com questões fundamentais para o país. Para mim a mais é importante é, além das que decorrem da guerra da Ucrânia e por isso é que eu convoquei um Conselho de Estado mal foram eleitos os novos membros, mas o problema do PRR porque todos temos a noção que é uma corrida contra o tempo”, explicou.

Questionado sobre se a aprovação do Orçamento do Estado para 2025 era uma dessas questões, o Presidente da República afirmou que essa é “outra realidade”.

“É evidente que se for possível haver estabilidade política e estabilidade económica e financeira e portanto ser viabilizado o Orçamento do Estado, penso que estamos todos de acordo que se isso for possível é preferível”, insistiu.

Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que vê essa possibilidade, mas ressalvou que isso “depende dos partidos”.

“Sabendo da experiência do passado é bom isso estar presente precisamente porque estamos numa situação internacional pior, porque estamos com o PRR atrasado, porque temos desafios económicos e financeiros pela frente muito urgentes, se for possível haver a viabilização do orçamento, melhor”, enfatizou.

Últimas de Política Nacional

A ex-ministra da Saúde Marta Temido considerou hoje que os pedidos de consulta por gabinetes governamentais “não são normais”, reiterando que não contactou “verbal ou pessoalmente nenhuma das pessoas” que pudessem ter acesso ao processo das gémeas luso-brasileiras.
O CHEGA decidiu hoje chamar potestativamente à comissão de inquérito ao caso das gémeas o antigo primeiro-ministro António Costa, que não é obrigado a responder presencialmente, e o ex-secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales.
A reunião entre o primeiro-ministro e o líder do PS sobre o Orçamento do Estado para 2025 terminou ao fim de hora e meia, com um aperto de mão público entre os dois e sem declarações de Luís Montenegro.
O presidente da comissão parlamentar de inquérito das gémeas disse hoje que o Tribunal Administrativo de Lisboa revelou que "não se considera competente" para julgar a queixa da mãe das crianças referente ao uso da documentação da seguradora.
O presidente do CHEGA saudou hoje a escolha de Amadeu Guerra como procurador-Geral da República, considerando que dá garantias de independência e objetividade, mas lamentou que o Governo não tenha consensualizado a escolha com a oposição.
O antigo diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e ex-procurador-geral distrital de Lisboa Amadeu Guerra foi o nome escolhido para o cargo de Procurador-Geral da República (PGR).
A semana arrancou e os portugueses receberam a notícia de que os combustíveis aumentaram pela terceira vez consecutiva, apesar de o preço do petróleo estar em queda.
No barómetro da corrupção, realizado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, que pretende compreender a visão da sociedade portuguesa sobre a corrupção, os portugueses acreditam que o fraco desempenho da justiça no combate a este fenómeno deriva de razões de natureza processual, como megaprocessos e demasiadas possibilidades de recurso.
O partido CHEGA irá realizar uma grande manifestação, no próximo dia 29, contra a imigração descontrolada e a crescente insegurança que se vive nas ruas de Portugal.
O presidente do CHEGA, André Ventura, afirmou hoje que o partido pretende um aumento do salário mínimo nacional que o aproxime dos mil euros, mas defendeu que o Governo deve subsidiar empresas com esse aumento.